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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Fedora 42 KDE - instalação e configuração

Fedora 42 com algumas configurações “herdadas” do Plasma 5 (de outra distro)

Eu já tinha o Fedora. — Instalei a versão 31, no início de 2020, e vim atualizando para 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41 — mas esses upgrades nem sempre incorporam certas novidades, que só são vistas em uma instalação nova.

Esta semana, um colega novato em “Linux” instalou o Fedora 42, pediu ajuda em um Fórum, e ao longo da conversa percebi o quanto eu estava alheio às novidades dessa distro. — A revisão do Jesse Smith no Distrowatch atiçou ainda mais a minha curiosidade — e decidi fazer uma instalação nova, para ver como andam as coisas atualmente.

Porém, sem deletar a instalação antiga. O Fedora 41 está configurado do meu jeito, com os aplicativos de que preciso — e pretendo fazer upgrade dentro de 2 ou 3 semanas. — Nenhum motivo para jogar fora.

Optei por fazer a instalação nova em outra partição — afinal, tenho 12 partições para isso, rotuladas de “Linux1” a “Linux12” — e 4 delas estavam vagas. — Escolhi a partição “Linux8”.

Fedora 42 na partição “Linux8” — e o 41 em “Linux4”

A instalação nova ocupou 7,4 GiB em disco — e depois de instalar alguns softwares (total: 2.327 pacotes), chegou a 8,84 GiB — enquanto a instalação de 2020 já ocupa 19,3 GiB (total: 3.081 pacotes).

Reutilizei a partição “Home8” (de uma distro que usava Plasma 5), e o Fedora 42 “herdou” suas configurações — inclusive o applet Quick Launcher (junto ao Menu), que não consigo obter (nem povoar) no Plasma 6. — Até hoje, consegui apenas mantê-lo, nas distros que tinham o Plasma 5 e migraram para o Plasma 6.

Índice

  • Download
  • Hardware
  • Sessão Live
  • Instalação
  • Partições EFI e bootloaders
    • Um bug amplamente benigno
  • Configuração

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Download

Verificação da imagem ISO do Fedora 42 KDE pela soma sha256sum

Baixei a imagem Fedora-KDE-Desktop-Live-42-1.1.x86_64.iso (2,6 GiB), datada de 2025-04-09 12:34, além do arquivo de verificação. — Conferi pelo sha256 — e “queimei” no Pendrive pelo comando dd:

$ lsblk
NAME    MAJ:MIN RM   SIZE RO TYPE MOUNTPOINTS
sda       8:0    0 447.1G  0 disk
├─sda1    8:1    0     2G  0 part /boot/efi
.........
sdc       8:32   1   7.5G  0 disk
└─sdc1    8:33   1   7.5G  0 part /run/media/flavio/PENDRIVE2

$ sudo dd bs=4M if=/PATH/Fedora-KDE-Desktop-Live-42-1.1.x86_64.iso of=/dev/sdc conv=fsync oflag=direct status=progress

2839543808 bytes (2.8 GB, 2.6 GiB) copied, 297 s, 9.6 MB/s2844538880 bytes (2.8 GB, 2.6 GiB) copied, 297.61 s, 9.6 MB/s

678+1 records in
678+1 records out
2844538880 bytes (2.8 GB, 2.6 GiB) copied, 297.697 s, 9.6 MB/s

Reiniciei o computador, entrei no UEFI Bios Utility, selecionei boot pelo Pendrive, e apareceu o Grub da ISO. — Carreguei a sessão Live Fedora 42 KDE sem perder tempo verificando (de novo) sua integridade.

Hardware

  MoBo: TUF B360M-PLUS GAMING/BR - ASUSTeK
   CPU: 6 × Intel® Core™ i5-9400 CPU @ 2.90GHz (800 ~ 4100 MHz)
  iGPU: Intel UHD Graphics 630 (Desktop)
   RAM: 15.5 GiB of RAM
   SSD: Kingston   SA400S37480G      480 GB
   SSD: WD         WD Green 2.5      480 GB

Sessão Live

Uso de Memória RAM na sessão Live Fedora 42 KDE

A sessão Live do Fedora 42 KDE começou usando 1,86 ~ 1,88 GiB de Memória RAM (1.909 ~ 1.921 MiB), segundo o top, executado em console virtual (tty4) para não abrir o Konsole (GUI) — pois isso aumentaria o uso de RAM. — Abrir o Plasma System Monitor (GUI) elevou o uso de RAM para 2,0 GiB.

Uso de Memória RAM durante a sessão Live Fedora 42 KDE

Com Dolphin, KWrite, Gwenview, Konsole, System Settings, Welcome Center, Firefox, System Monitor abertos ao mesmo tempo, este último indicou uso de 4,0 a 4,3 GiB de Memória RAM, em diferentes momentos da sessão Live — e depois de abrir também o instalador Anaconda (versão tradicional), o uso de RAM subiu para 5,0 GiB. — Ao fechar o Anaconda, no final, o uso de RAM voltou a 4,3 GiB.

  • Vale lembrar que o Pendrive contém um sistema operacional compactado — e a sessão Live precisa descompactá-lo para a Memória. — Por isso, é normal uma sessão Live usar mais RAM do que o mesmo sistema instalado em disco.

Não percebi qualquer lentidão, em nenhum momento — e não vejo como poderia ocorrer qualquer troca de dados entre RAM e Swap, pois o Fedora Live não montou minha partição Swap — e não utilizou o Swap de 8 GiB que criou em zRAM.

Seção ilegível do Instalador, com tema Dark

Talvez eu tenha cometido algum erro, ao aplicar o tema global Breeze Dark, pois mais tarde me deparei com telas ilegíveis (letras pretas sobre fundo escuro) na seção de particionamento personalizado do instalador. — Reverti para um tema claro, mas só fez efeito depois de fechar o instalador, reabrir, e começar tudo de novo.

Instalação

O instalador do Fedora 42 KDE Live ainda era o Anaconda “tradicional”

A ISO do Fedora 42 KDE Live veio com o instalador Anaconda “tradicional” — ao contrário da ISO “Workstation” (Gnome), que agora vem com um “Anaconda Web UI” — uma nova interface gráfica, utilizando o navegador Firefox (1, 2, 3).

O Anaconda “tradicional” segue o formato básico “hub and spoke” (concentrador e raios), para acesso a várias seções — Teclado, Data & Hora, Rede & Nome de Host, conta Root, Criação de Usuário, e Destino da Instalação. — Você pode percorrer esses “raios” em qualquer ordem, quantas vezes quiser, mudando e tornando a mudar as configurações em cada uma das seções que irradiam do “centro” — mas só pode prosseguir quando todas as 6 seções estiverem adequadamente configuradas (desaparecem o triângulo e os alertas em vermelho, de todas elas).

  • Não percebi diferença em relação ao que registrei em meados de 2019, ao instalar o Fedora 30 no meu antigo computador (Bios / MBR) — ou em 2020, ao instalar o Fedora 31 no meu PC atual (UEFI / GPT). — Agora, senti mais dificuldade, talvez pelo choque de encontrar uma página ilegível, reverter o tema dark, e ter de fechar o instalador e começar tudo de novo.

Desta vez, a escolha do layout de Teclado não foi tão óbvia, para mim. — Minha primeira opção mostrou-se totalmente errada, mais tarde, quando fui preencher algum outro campo, e apareceu uma sopa de letrinhas absurdas. — Voltei à seleção do Teclado, e dessa vez tratei de testar (do lado direito da tela), para ter certeza de que escolhi o layout certo.

Mudando do particionamento Automático para o Personalizado

Na seção de particionamento, selecionei meu 2º SSD (WD Green) — que tinha apenas 3 distros instaladas.

Eu sempre opto pelo particionamento Personalizado — pois preparo minhas partições com antecedência, e quero apenas escolher quais pretendo usar para /, /home, EFI, Swap.

Troquei BtrFS pelo particionamento padrão (tradicional)

A criação de pontos de montagem do Fedora 42 veio configurada para usar esquema BtrFS — mas já tenho isso no openSUSE (desde 2017, sem qualquer problema) — e prefiro manter todas as outras distros com o esquema padrão de particionamento.

  • Uso qualquer distro para olhar ou editar alguma coisa nos arquivos de sistema de qualquer outra — mas é difícil (e perigoso) lidar com a árvore de arquivos do BtrFS a partir de outra distro.

O instalador “agrupa” as partições que pertencem a alguma distro já instalada. — Notei que detectou o Mageia e o MX Linux (identificado como Debian) — mas não o Void Linux, que também estava neste SSD.

Concluídas as opções do particionamento, um alerta do que será formatado

Após selecionar as partições /, /home e EFI a serem usadas na instalação do Fedora 42, o instalador Anaconda ainda não permitia seguir adiante. — É preciso marcar a partição de sistema para ser formatada, mesmo que já esteja pronta e vazia.

As partições /home e Swap são opcionais — e esqueci da Swap.

Para /home, selecionei minha partição “Home8”, de uma distro já deletada, que usava Plasma 5. — Optei por não formatar, para reaproveitar as configurações de usuário existentes nela.

Escolhi minha 2ª partição EFI, localizada no 2º SSD

Selecionei minha 2ª partição EFI (sdb16). — Ela tem rótulo (label) “EFI2" — mas isso é irrelevante, e não aparece. — Dependendo da ferramenta utilizada, ela pode ser identificada como “WD Green”, ou como “HD(16,GPT,bae...” etc.

  • Cuidado para não formatar a partição EFI, que contém os bootloaders de outras distros instaladas antes. — De qualquer modo, ao tentar prosseguir, o instalador Anaconda “tradicional” ainda mostra um resumo das partições que serão formatadas. — É possível voltar atrás, para corrigir. — O instalador “novo” não dá essa chance. É um destruidor instantâneo.

A etapa seguinte, de cópia de arquivos (Pendrive para SSD) e instalação efetiva, se completou em 8 minutos.

Partições EFI e bootloaders

Bootloaders vistos pelo efibootmgr ao terminar a instalação do Fedora 42 KDE

Ao terminar a instalação do Fedora 42 KDE, o comando efibootmgr indicava que o boot tinha sido feito pelo “bootloader” do Pendrive, indicado naquele momento pelo nº hexadecimal 11 — e que, agora, a prioridade de boot era do “bootloader” nº 02 “fedora”, instalado na 2ª partição EFI — sdb16, ou “HD(16,GPT,bae...” etc., ou “WD Green”.

Nenhum sinal do “bootloader” do Fedora 41 — que antes era o nº 02.

Lista (virtual) dos bootloaders, antes e depois de instalar o Fedora 42 KDE

Ao reiniciar o computador (já sem o Pendrive) e acessar o UEFI Bios Utility, o firmware já tinha feito nova leitura das partições EFI e apresentou um inventário aumentado de 9 para 10 “bootloaders” — com o Fedora 41 no final (abaixo do Fedora 42), e os demais deslocado para cima. — Isso não tem nada a ver com a época em que foram criados, ou modificados, nem com a ordem de prioridade de boot.

Resposta do efibootmgr após reiniciar o computador

Tornei a executar o efibootmgr e ele confirmou que o “bootloader” do Fedora 42 passou a ser o nº 02 — enquanto o do Fedora 41 tornou-se o nº 11. — Faltam vários números (03, 05, 07, 08, 0A, 0B, 0E, 0F), de antigos “bootloaders”, obsoletos, que eu tinha eliminado dias antes.

Esses números hexa não estão dentro desses “bootladers”, pois a pasta do Fedora 41 não foi modificada nesse dia (21 Abril 2025). — Imagino que sejam atribuídos pelo firmware, e não sei onde são guardados. Na ROM? PROM? EPROM? EAROM? EEPROM?

Localização dos “bootloaders” nas 2 partições EFI e datas de modificação

Também não têm nada a ver com a ordem em que foram modificados, ou a ordem de localização “física” em disco — que corresponde à sequência original em que instalei as distros, em 2020: PCLinuxOS, depois openSUSE, Fedora, KDE Neon (removido), Debian, e por fim a criação manual do atual “bootloader” do Arch Linux em 2023.

Na EFI2, a ordem “física” em disco corresponde à sequência em que gerei manualmente os “bootloaders” do MX Linux, Mageia, Void Linux, há poucos dias — e agora, a instalação nova do Fedora 42.

Só houve alterações na partição EFI2

Portanto, as únicas alterações feitas pela instalação do Fedora 42, no dia 21 Abril 2025, ocorreram na partição “EFI2” — criação das pastas “BOOT”, “fedora”, “System/Library” e arquivo “mach_kernel”. — Nada disso existia antes.

  • Ver “Criando uma 2ª partição EFI”, aqui.

Um bug amplamente benigno

Excesso de “bootloaders” na sessão Live — sem efeito real, ao reinicializar

Tem havido certo alarmismo com um bug em algumas imagens ISO — que andaria gerando um “bootloader” do Fedora 42, mesmo que a distro não seja instalada — e o alerta de bug parece contribuir, mais para assustar, do que para esclarecer:

«As imagens afetadas adicionarão uma entrada inesperada à lista do gerenciador de inicialização UEFI assim que a mídia for inicializada, mesmo que você não instale o Fedora. A nova entrada é adicionada ao topo da lista (portanto, é a primeira prioridade na inicialização). A entrada é intitulada "Fedora" e tenta inicializar a mídia live do Fedora».

Na verdade, a “lista do gerenciador de inicialização UEFI” é virtual, volátil — reunida na Memória RAM, num determinado momento (a partir da leitura dos dispositivos detectados), para ser exibida e usada naquele instante — e desaparece quando se desliga o computador (exceto seus números hexadecimais, em algum banco de dados).

O que permanece são os “bootloaders” gravados em uma ou várias partições EFI... inclusive a do Pendrive (enquanto estiver plugado).

Executei uma nova sessão Live (depois de instalar o Fedora 42), e o efibootmgr apresentou +2 “bootloaders” — “fedora” (nº 3) e “VendorCoProductCode” (nº 13) — além dos já instalados “fedora” (nº 2, nº 11).

Mas ao encerrar a nova sessão Live e reiniciar o computador (sem o Pendrive), permaneceram apenas os “bootloaders” correspondentes às duas instalações em disco. — Tudo indica ser este o comportamento amplamente benigno (na maioria dos casos).

Configuração

Redução gradual do uso de RAM do Fedora 42 KDE, ao desabilitar serviços que não uso

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