Fazendo o Pen Drive “voltar ao normal”, após usá-lo como “Live USB” (bootável) do Linux Mint |
Baixei a imagem ISO do “Live DVD” Linux Mint 17.3 Cinnamon (1,5 GB) e, — pela Lei de Murphy, — descobri que não tinha DVD virgem em casa (sobram CDs!).
Olhando a chuva, lembrei de um Pendrive 2 GB. — Boa oportunidade para aprender como se cria um “Live USB”, testar o Linux Mint sem me molhar, e ainda reaprender como se faz um Pendrive “voltar ao normal” (não lembrava mais).
Foi uma ótima experiência. — O “Live USB” roda veloz e macio, em comparação com a lata-velha que é rodar um sistema a partir de CD ou DVD.
Ao invés de experimentar o sistema durante 2 ~ 8 horas, — como já fiz dezenas de vezes, — acabei usando o “Live USB” do Linux Mint para trabalhar 4 dias seguidos.
Índice
- Baixando a ISO
- Gravando o Pendrive de boot “Live USB”
- ••• Alternativas → Gerar o Pendrive de boot por “dd” ou “cp”
- Configurando na BIOS o Boot pelo Pendrive
- Trabalhando com Linux Mint em “Live USB”
- Fazendo o Pendrive “voltar ao normal”
- Linux Mint [Menu]
Baixando a ISO
Opções do Linux Mint 17.3 para download |
O Linux Mint 17.3 (“Rosa”) foi lançado por etapas, — Cinnamon, Mate, KDE, Xfce, — de 4 Dez. 2015 a 9 Jan. 2016, e baixei a ISO no dia 15.
Opções de download específicas do Cinnamon 64-bit com “codecs” |
Salvando o “gatilho” do Torrent |
Escolhidas as opções, — Cinnamon com suporte multimídia (“codecs”), 64-bit, — cheguei à página de download mais específica, cliquei em “Torrent” e salvei o arquivo-gatilho “linuxmint-17.3-cinnamon-64bit.iso.torrent” na pasta das imagens ISO.
Depois, foi só clicar no arquivo-gatilho, e iniciar o download.
Clicando no “gatilho”, abre-se o programa de Torrent, e basta iniciar o download |
Com a antiga conexão de “1 Megas” (128 KBps), levaria horas, deixando a navegação lenta. — O ideal era fazer algum trabalho off-line, ou ir dormir.
Agora, com conexão de “10 Mega” (1 MB/s), continuei navegando normalmente e, quando dei fé, já tinha terminado. — Levou 23 minutos.
Gravando o Pendrive de boot “Live USB”
Utilizando o “usb-creator” para gerar o “Live USB” (Pen Drive “bootável”) do Linux Mint |
Uma busca rápida por “Linux Boot Pendrive” indicou que a maneira mais simples de gerar a mídia (Pendrive) para o boot é usar o usb-creator, — e descobri que ele já estava instalado no Kubuntu.
No Linux Mint, você abre o Menu do Cinnamon, digita “USB”, e ele oferece, — entre outras coisas, — o “Criador de discos de inicialização”
“Criador de discos de inicialização” do Linux Mint 17.3 Cinnamon |
No campo superior, basta clicar em “Outro”, para escolher a imagem ISO a ser gravada no Pendrive.
Com o Pendrive no slot USB, para ser detectado, basta selecioná-lo, respirar fundo e clicar em “Apagar disco”.
Por fim, clique em “Criar disco de inicialização”.
Durante a gravação do Pendrive, há uma barra indicativa do avanço do processo.
••• Alternativas → Gerar o Pendrive de boot por “dd” ou “cp”
Usando comando “dd” para gravar a ISO de uma “distro” Linux → USB (Pendrive) “bootável” |
Ao gravar ISO de outras “distros” em Pendrive, — em especial, o Debian 8.3 e 8.4, — acabei me deparando com vários casos em que o USB Creator não resolve.
Nestes casos, a melhor solução tem sido o comando “dd”:
dd if=/path/file of=/dev/sd? bs=8M
Cole o comando “dd if=/path/file of=/dev/sd? bs=8M” num bloco de texto e substitua o que for necessário |
A melhor maneira de descobrir e copiar o “path”, sem erro, é abrir a pasta onde está a imagem ISO, — no Nemo, Dolphin etc., — e usar “Ctrl-L”.
Depois, basta selecionar o próprio arquivo ISO → teclar “F2” (Renomear) → “Crtl-A” (selecionar o nome + extensão) → “Ctrl-C” (Copiar).
Num editor de texto simples, você cola esse caminho em lugar da palavra “path”, — e em seguida o nome do arquivo em lugar da palavra “file”.
O destino “sd?” deve ser completado conforme o seu caso. — No meu caso, o Pendrive foi identificado como “sdc”.
Tenha muito cuidado, — verifique, e torne a verificar, — pois se você colocar como destino algum HDD, ele será apagado!
Quanto ao parâmetro final “bs=8M”, sei apenas que funciona, — mas também funciona “4M”, ou “1M” (já testei). — É um tema que comporta longos estudos, mas tenho dúvidas se vale a pena fazer pós-graduação nesse detalhe.
Cole o comando “dd” no Terminal, precedido de “Sudo”, — ou entre antes em “Su”, — e dê a senha |
Acrescente antes o “sudo”, — copie o comando e cole no Terminal. — Tecle “Enter”, forneça a senha de Administrador (super-usuário).
Durante a gravação do Pendrive pelo comando “dd”, não é dado nenhuma indicação do andamento do processo! — No meu caso, apenas o LED do Pendrive piscava, a mostrar que algo estava acontecendo. — Ao final, os resultados são exibidos de uma só vez, no Terminal.
Tempos depois, aprendi como exibir o andamento da gravação:
dd if=/path/file of=/dev/sd? bs=8M status=progress
Gerando Pendrive de boot e instalação do Debian com o comando “cp” |
Também já houve casos em que nem o comando “dd” foi capaz de gravar uma imagem ISO em um Pendrive para boot.
Foi o caso do Debian Stretch (testing), — só consegui gravar pelo comando “cp”, — que até então nem conhecia:
sudo cp /path/ISO /dev/sdX
Usando Terminal embutido do Dolphin, para simplificar |
Para simplificar, pode-se abrir a pasta em um gerenciador de arquivos, — Dolphin, Nemo etc., — e teclar F4 para abrir um Terminal “embutido” nele.
Desse modo, você já está na pasta de origem, — e não precisa perder tempo com indicação do caminho (path).
Configurando na BIOS o Boot pelo Pendrive
Configurando a BIOS do computador para que procure o Boot, primeiro, no Pen Drive |
Ainda na fase exploratória, — antes de arriscar o Pendrive na aventura maluca, — procurei me certificar de que saberia como dar Boot através dele.
Meu computador é “meio” antigo, — hardware de 2008~2009, — e os passos indicados abaixo podem não ser aplicáveis a computadores mais novos.
Iniciar (ou reiniciar) o computador, apertando DEL para entrar na Configuração da BIOS (Bios Setup).
Uma vez dentro do BIOS Setup, seta direita, → até a aba da seção “Boot”.
Entre em “Boot Device Priority”, para estabelecer a sequência correta dos dispositivos onde o computador irá procurar o Boot.
Geralmente, a Unidade CD-ROM deve estar em 1º lugar, e o HDD principal em seguida. — Desse modo, sempre que houver um CD ou DVD “bootável” na bandeja, o Boot será feito por ele. — Caso contrário, será feito normalmente pelo HDD.
Eu precisaria colocar o Pen Drive (USB), também, acima do primeiro HDD, para carregar o sistema pelo “Live USB”.
Opções de dispositivos para Boot, encontradas na BIOS da placa P5KPL-AM |
Acontece que meu “Boot Device Priority” oferece apenas 3 opções para procurar o Boot:
- Unidade CD-ROM
- HDD (Samsung, em SATA 1)
- “Floppy” (quem lembra disso?)
- “Desabilitado”
Não apareceu, sequer, o segundo HDD (Maxtor, em SATA 2).
O manual da P5KPL-AM diz que todos os dispositivos seriam oferecidos como opções de Boot |
O manual da P5KPL-AM (item 2.6, pág. 2-30) não foi de grande ajuda.
Esse manual se refere a uma especificação, onde “Boot Device Priority” deveria abrir uma lista com todos os dispositivos existentes no computador, — tantos quantos fossem encontrados, — e não uma lista com um número fixo, de 3 opções padronizadas.
Em “Hard Disk Drives” (inexistente no manual!), encontrei mais opções |
Depois, acabei esbarrando, — na tela, — com um item “Hard Disk Drives”, que não consta do manual.
Dei ENTER nele, e lá encontrei os 2 HDDs existentes (Samsung e Maxtor).
Encontrado na BIOS, afinal, o segundo HDD do computador |
Bastou um teste rápido, — passar Maxtor para o topo, e voltar à tela anterior (Esc), — para confirmar que, desse modo, Maxtor passaria a ser “a” opção (única) de HDD, oferecida entre as prioridades de Boot.
- Desfazer rápido!, — ou, apertar Esc, Esc, até “Sair sem gravar”, — para não ficar sem Boot pelo HDD correto.
O PenDrive precisa ser colocado no slot, antes de entrar na Configuração da Bios (BIOS Setup) |
Uma vez gerada a mídia com o Linux Mint 17.3 Cinnamon, voltei ao BIOS Setup para fazer a configuração efetiva do Boot.
Inseri o Pendrive no slot USB, reiniciei o computador, — apertando DEL, para voltar ao Setup, — e ele apareceu, embaixo dos HDDs.
Bastou passar o Pendrive para o topo dos HDDs, e ele ficou sendo “a” opção de HDD (única) oferecida entre as prioridades de Boot.
Passando o Pen Drive para o topo dos HDDs, torna-se “a opção” (única) de “HDD de Boot” |
Após vários testes, — com várias “distros”, — acabei adotando esta sequência de “Hard Disk Drives”, em caráter permanente:
- 1st Drive: USB (Pendrive)
- 2nd Drive: Samsung (HDD principal)
- 3rd Drive: Maxtor (HDD secundário)
Desse modo, sempre que o Pendrive estiver plugado, ele assume a posição de “HDD de Boot”.
Quando não há Pendrive, o Samsung reassume a posição de “HDD de Boot”.
Desde então, não foi mais necessário mexer no BIOS Setup para ficar alterando / desfazendo opções a cada nova experiência de Boot a partir do Pendrive.
Trabalhando com Linux Mint em “Live USB”
Lembrar que, quando se roda um sistema “Live” (CD, DVD, USB), tudo que você salva ou configura é, — literalmente, — volátil. Desligou, vai tudo para o espaço.
Fiz dúzias de Capturas de tela, — usando o “PrintScreen”, que salva as imagens capturadas, diretamente em arquivos PNG, na pasta (virtual!) “/home/Imagens”.
Com o gerenciador de arquivos Nemo, ia transferindo esses arquivos para uma pasta na partição de documentos do HDD, de modo que não se perdessem ao desligar o computador.
Afora isso, editei normalmente arquivos de texto, planilhas, imagens etc. diretamente na partição de documentos do HDD.
Fazendo o Pendrive “voltar ao normal”
Usando o “Formatador de dispositivo de memória USB” (do Mint) para fazer o Pen Drive “voltar ao normal” |
Essa, foi a parte mais fácil e rápida, da brincadeira toda.
Já tinha recuperado esse mesmo Pendrive de 2 GB, anos atrás, quando apresentou um problema qualquer.
Na época, isso parecia um bicho de 7 cabeças. Percorri dúzias de páginas, blogs e fóruns, lendo coisas, as mais variadas, que não tinha certeza se estava entendendo direito, — além das famigeradas “linhas de comandos”. Acabei pescando o suficiente para arriscar uma formatação, que resolveu o problema.
Agora, já nem lembrava mais qual ferramenta utilizei, na época, — nem qual o formato, nem nada.
Mas, bastou abrir o Menu do Linux Mint (depois de instalado no HDD), digitar 3 letras, — “Pen”, — e, pimba!
Pula, bem na minha frente, um “Formatador de dispositivo de memória USB”.
Coloque o Pen Drive no slot USB e clique em “Formato”, que ele aparece como única opção: é só confirmar |
O primeiro campo, “Formato”, — tradução errada: o correto é “Formatar”, — não pode ser preenchido por você.
Coloquei o Pendrive no slot, para ser detectado.
Depois disso, cliquei no campo, e ele ofereceu 1 única opção: — “Kingston DataTraveler 2.0 (/dev/sdc) - 2 GB”. — Foi só clicar nessa opção, para confirmar.
O segundo campo, — “como”, — já sugere “FAT32” desde o momento em que o programa foi aberto.
Portanto, a mensagem é: — “Formatar Kingston… como FAT32”.
Indicações claras de que o formato “Fat32” é o “normal” para recuperar o Pendrive |
Você leva o ponteiro do mouse até o “FAT32”, só para ver as opções… e — antes que consiga clicar, — já explode na sua cara um baita esclarecimento:
“FAT32 é mais compatível em qualquer lugar”. — Ponto negativo: — “Não aceita arquivos de mais de 4 GB”.
Depois:
“NTFS é compatível com Windows. Não é compatível comWindows, MAC e a maioria dos dispositivos”.
Por fim… Ext4 é “da casa”, ninguém vai falar mal dele:
“Mais moderno, estável, rápido, protegido por journaling”. — Belo! Porém… — “Não é compatível com Windows, MAC e a maioria dos dispositivos”. — Quem tem juízo, entende.
Vivendo em um mundo onde Lan Houses, Cartórios, Lojas de conveniência etc. usam Windows, — não faz sentido transportar documentos, contas etc. em um Pendrive, que não possa ser lido em qualquer lugar.
Forneça a senha de Administrador (Super Usuário), para formatar o Pen Drive |
O último botão, “Formato”, também é tradução maluca. — “Você quis dizer… Formatar”. — Clica lá, e ele pede a senha de Administrador. Destruir dados exige privilégios.
Digite a senha, clique em “Autenticar”, e… vai ser rápido, não foi?
Gravei um arquivo qualquer no Pendrive, depois entrei no Windows, e fiz o teste.
O Windows leu, copiou, gravou e abriu. De boas.
_______
Publicado originalmente em 22 Jan. 2016.
••• Atualizado em 17~22 Mai. 2016, com novas “descobertas”.
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Artigo bem agradável de se ler e muito esclarecedor.
ResponderExcluirParabéns
Artigo bem agradável de se ler e muito esclarecedor.
ResponderExcluirParabéns
Obrigado!
ExcluirPreciso com urgência quebrar a senha de inicialização do Linux Mint 17.2. Sou leiga em Linux. Por favor me ajude.
ResponderExcluirVeja como fazer - http://byteria.blogspot.com.br/2016/06/linux-ficou-sem-administrador-que-fazer.html
Excluiro francisco paulo pegou pesado falando que o artigo é agradável...rsrsrs...o artigo é pesado, denso, nem consegui ler....muita coisa pra mim...rs...obs...pra mim!!!
ResponderExcluirtambém acho que o texto ficou muito enrolado. Mas é o registro completo de tudo que observei.
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