Clique no Relógio, para exibir o Calendário; e depois em “Configurações de data e hora” |
Após testar várias “distribuições” do Linux em “Live CD” ou “Live DVD”, — boot e carregamento do sistema para experimentar, ainda sem instalar no computador, — acabei pegando a mania de anotar os passos elementares para deixar o sistema “usável”, para trabalhar nele um dia inteiro. Ou, 4 dias inteiros, nessa primeira experiência com “Live USB” (15 a 18 de Janeiro).
No primeiro dia, segui um roteiro padrão, de experiências recentes, e anotei as particularidades do Linux Mint 17.3.
Do segundo dia em diante, bastaram poucos minutos para deixar tudo pronto para retomar o trabalho.
1) Ativar NumLock
Parece que toda “distribuição” Linux em “Live CD / DVD” vem com NumLock desativado, — e eu não sei fazer nada desse jeito.
Você lê um número no caderno, pensa que está digitando, — e quando percebe, estava apenas pulando PageUp, PageDown, Home, End etc. Por isso, o roteiro básico começa pela ativação do NumLock.
Configuração de origem: Fuso horário de Londres, e sem a data no Relógio |
2) Acertar o Fuso horário
É a segunda coisa mais urgente a ser feita, — principalmente, se você vai documentar a experiência com PrintScreen, — para que as imagens mostrem a hora correta no relógio da tela.
No caso do Linux Mint 17.3, o PrintScreen salva as imagens diretamente na pasta Imagens, com nomes-de-arquivo no formato “Captura-Ano-Mês-Dia-Hora-Minuto-Segundo”, — só que, pelo horário de Londres (GMT), até que você corrija isso.
Os primeiros prints, feitos até aí, ficaram fora de ordem. Depois você renomeia esses arquivos, — incluindo um “a-” no início, — e eles voltam à ordem correta.
Para começar, clique no Relógio, para exibir o Calendário (imagem no alto do post); e depois em “Configurações de data e hora”.
Ao escolher o Fuso horário de São Paulo e marcar a Exibição da data, o efeito no Relógio é imediato |
Uma característica do Linux Mint, é que ao efetuar qualquer mudança nas Configurações, — escolher o Fuso horário de São Paulo, ou ativar a Exibição da data no Relógio, por exemplo, — o efeito é imediato. Você procura um botão de “Aplicar”, ou de “Ok”, ou de “Fechar”, e não encontra. Isso não existe.
Resista, por um momento, à tentação de fechar o diálogo clicando no “x” à direita da barra superior.
Embora tendo “entrado pelo Relógio”, você está nas “Configurações do sistema” (Centro de Controle), — e há várias coisas a fazer por aí. — Do lado esquerdo da barra superior existe uma seta de “retorno” ao conjunto de Configurações, que a essa altura ainda se chama “Back to all settings”.
(Caso tenha fechado as “Configurações do sistema”, é o terceiro item na coluna à esquerda do Menu).
As “Configurações do sistema” estão no terceiro ícone do Menu |
3) Linguagem e Região
De volta a “System settings” (Configurações do sistema), entre em “Languages” para escolher o Português e outras configurações locais do Brasil.
Add / Remove Languages para adicionar Português do Brasil |
Embora o diálogo afirme existirem 21 línguas instaladas, não se iluda. Todas 21 são “Inglês”, — na verdade, configurações de Moeda etc. de 21 países.
Entre em “Add / Remove Languages” para adicionar o Português do Brasil, — com direito à nossa Moeda (R$) e outras características locais.
Clique em Add para adicionar Português do Brasil |
Constatando que só existe Inglês, clique em Add para procurar o Português do Brasil.
Português, Brasil: UTF-8 (ou ISO-8859-1) |
Comece a digitar “Port”, e será levado até o conjunto de opções. Costumo preferir UTF-8.
Clique em “Install”, e não dê bola para a mensagem de que o pacote de linguagens ficou incompleto etc. Uma sessão “Live Linux” é volátil, e não compensa investir numa configuração mais trabalhosa. Basta o suficiente para trabalhar algumas horas, ou até o final do dia.
Instalado PT-BR, aplicar em “Linguagem”, em “Região”, e em todo o sistema (“System-Wide”) |
Instalado PT-BR, aplique-o em “Linguagem”, em “Região”, e clique em “System-Wide” (para aplicar a todo o sistema).
Uma vez que se trata de um pacote “incompleto” de linguagem, não fará efeito no Relógio, por exemplo, que continuará em inglês.
Como se trata de um sub-diálogo, feche-o pelo "x" do alto à direita, pois as “Configurações do sistema” estão logo atrás.
4) Teclado em Português
De volta às Configurações, desça até a seção “Hardware” e clique em Keyboard, para configurar o Teclado.
Adicionando Teclado “Português (Brasil)”. Clique em “Preview” para examinar o Teclado |
Tecle no botão “+” para abrir a lista de teclados em todas as línguas.
Há muitos anos, — em todas as distribuições Linux que já experimentei, — sempre escolho “Português (Brasil)”, que é o ABNT2, sucessor das velhíssimas máquinas de datilografia.
Disposição das teclas no layout “Português (Brasil)”, ou ABNT2 |
Velhos hábitos de datilografia tornam precioso, encontrar as teclas “onde sempre estiveram”.
Mas a informática permitiu hábitos ainda mais interessantes, como escrever «½, ¼, §, £, m³, km², x¹» etc.
Use as setas para colocar o Teclado PT-BR no topo |
Selecione Português (Brasil) e use o botão de “↑” (seta para cima), para colocar este layout de Teclado no topo.
Ou, exclua English (US). Para isso, basta selecionar “English (US)” e clicar em “-”. Há muito tempo, simplesmente eliminei o teclado americano das minhas configurações. Nunca fez falta.
Clique em “Options” para definir a tecla de acesso ao 3º Nível |
Para encerrar, clique em “Options” e defina a tecla de acesso ao Terceiro Nível.
Atualmente, utilizo a tecla Windows à Esquerda de Espaço (Left Win). Desse modo, “LW-4” escreve “£”; LW-Shift-4 escreve “¼”, e todos foram felizes para sempre.
5) Configuração do gerenciador de arquivos Nemo
Há muitos anos me viciei em lidar com a exibição das pastas e arquivos em “lista detalhada”, — Nome, Data de criação / edição, Tamanho e Tipo, — com direito a clicar em qualquer dessas colunas para reordená-los (sem que isso afete a ordenação aplicada em cada uma das outras pastas).
Qualquer outra configuração que venha com o “gerenciador de arquivos” me faz perder um tempo enorme, ao longo do dia.
Configuração do gerenciador de arquivos Nemo: exibição em Lista (detalhada) |
Configuração do gerenciador de arquivos Nemo: formato de data |
O formato original de data dos arquivos inclui algo como “Terça etc. BRST”, trambolho inútil para se lidar com zilhões de arquivos criados / modificados há séculos, e dos quais raramente interessa saber em qual dia da semana isso aconteceu; ou ver zilhões de vezes a indicação de horário BRST.
O que interessa é o Ano, Mês, Dia, Hora, Minutos. Se pudesse, ainda eliminava os segundos, para poupar espaço na tela e não embolar demais a leitura.
Seleção de botões da Barra de Ferramentas do Nemo |
Enfim, você pode eliminar da Barra de Ferramentas uma série de botões que nunca usa, e exibir outros que vêm desmarcados, mas que lhe serão muito úteis no trabalho diário.
6) Formato de Data e Hora no Relógio
Ver na barra inferior o Dia da Semana, Data completa e Hora simplificada me poupa de procurar dezenas de vezes onde anda o relógio de pulso (jamais no pulso, claro!), ou procurar onde anda o celular e ativar a tela.
Clicando no Relógio com o botão direito, vamos à opção “Configurar”.
Marcar a opção “Usar um formato personalizado de data”, e clicar em “Mostrar sintaxe de formatos” |
Ao marcar a opção de “Usar um formato personalizado”, ativa-se um campo para inserir livremente os códigos de qualquer espécie de formato de Data e Hora que se possa imaginar.
Clicando em “Mostrar informações sobre a sintaxe de formatos de data”, abre-se o Firefox em uma página que retorna o código necessário para exibir qualquer alternativa escolhida.
Marque um dos formatos oferecidos no site, e veja a sintaxe do código a ser utilizado |
Você pode copiar partes de diversos códigos e misturá-los, até compor o formato exato de Data e Hora que preferir.
Me contentei em marcar um formato e copiar a parte que interessava, dispensando os segundos e o complemento “-0300” referente à diferença desde Londres (GMT).
Ao colar o código no campo de personalização, o novo formato se aplica de imediato ao Relógio do Linux Mint |
- Cuidado para não apagar o formato original, e interromper a tarefa para atender o telefone ou tomar um café. O Relógio simplesmente desaparece, e depois você terá um trabalho extra para reencontrá-lo, — o que pode ser chato, quando se testa uma “distribuição” Linux com a qual não estejamos familiarizados.
7) Sincronização do Mozilla Firefox
Aproveitando que o Firefox já está aberto, clique no último botão da Barra de Ferramentas e logue-se, para fazer a sincronização.
Dentro de poucos poucos minutos, você terá todos os seus Bookmarks, plugins, complementos, senhas etc., e sem mais perda de tempo estará pronto para trabalhar, — com toda produtividade, — pelo resto do dia.
É mais rápido fazer, do que explicar
Esse “roteiro” não é novidade. Começou ainda nos tempos em que só tinha Windows, e volta e meia precisava “zerar”, formatar HD e reinstalar. Daí, o hábito de anotar os passos necessários após cada instalação, para “deixar tudo como antes”. Certo, a gente lembra. Mas, com anotações de roteiro, vai mil vezes mais rápido.
Ao começar no Linux (Kurumin 4.2 RC5), — inteira novidade para mim, implicando em grande investimento de tempo, — anotar tudo tornou-se fundamental, para seguir em frente.
O roteiro dessa configuração do “Live Mint” caberia em 1 página |
O roteiro atual começou guiado pelos mais recentes (Mint, Kubuntu), alterando o necessário. No segundo dia, a configuração básica levou poucos minutos, acrescentando alguns detalhes (em texto LibreOffice).
Ao final do 4º dia, tinha apenas 1½ página, 450 palavras, — incluindo muitas anotações paralelas, sem relação direta.
Com os programas básicos já incluídos no “Live USB” Linux Mint 17.3 Cinnamon, — LibreOffice, Firefox, Gimp etc., — e poucos minutos para deixar “tudo como antes”, o trabalho prosseguiu normalmente.
Importante: - Trabalhe sempre com arquivos nos HDs, — ou copiando-os sempre para os HDs, — e não nas pastas “Documentos”, “Downloads”, “Imagens” etc.
Lembre que, quando se roda um sistema “Live” (CD, DVD, USB), tudo que você salva ou configura é, — literalmente, — volátil. Desligou, vai tudo para o espaço.
Fui feliz, e não houve queda nem pico de energia nesses 4 dias.
O que mais poderia ter feito
Instalar ttf-mscorefonts (Verdana), — essenciais para os trabalhos e edição que faço quase todos os dias, em especial no Gimp.
— … • … —
Linux Mint Cinnamon
- Linus Mint 19 “Tara” Cinnamon
- Instalação do Linux Mint 17.3 Cinnamon em 28 minutos
- Teste de trabalho com “Live USB” Linux Mint 17.3 Cinnamon
- Boot com “Live USB” Linux Mint 17.3 Cinnamon
- Montagem automática de 3 partições (sem alterar /etc/fstab)
- Desaparecimento do Menu do Linux Mint 17.3 Cinnamon
- Por que a longa e trabalhosa configuração do Linux Mint 17.3 Cinnamon
- LMDE-2 - Linux Mint Debian Edition MATE
- Instalação do Linux Mint 16 Cinnamon em 27 minutos
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