Desaparecimento do Menu e do Lançador no Painel do Linux Mint 17.3 Cinnamon, — e mensagem de erro |
O Linux Mint 17.3 Cinnamon foi instalado no dia 18 Jan. 2016, — e 2 semanas depois o Menu desapareceu.
Problema nenhum, para quem sabe tudo de Linux, — mas muito chato para um simples usuário, — e aconteceu à 0:32 de um Sábado, 30 de Janeiro.
A mensagem de erro não foi muito esclarecedora, para quem não é expert.
Você decide pesquisar, enfrentar o problema, — mas, como abrir o Chromium, ou o Firefox? — Além do Menu, também sumiu o “Lançador”, onde havia colocado atalhos para meia dúzia de programas de uso mais frequente.
Painel → botão direito → Adicionar miniaplicativo |
Applets com menus de todos os tipos para instalar no Painel do Linux Mint 17.3 Cinnamon |
Não é tão difícil abrir o navegador. — Você clica com o botão direito numa área desocupada do Painel, seleciona “Adicionar miniaplicativos ao Painel”, e dentro dele seleciona a aba “Applets disponíveis online”. — Logo no primeiro “applet” oferecido, você clica em “Mais informações”, — e eis o navegador aberto, para pesquisar uma solução para o problema.
Mas, não adianta instalar nenhum desses inúmeros Menus alternativos, — enquanto não recuperar o Menu do sistema. — Por enquanto, esta é só uma dica de como chamar o navegador, para procurar uma solução.
Editor do Menu (Cinnamon)
Menu → Outros: itens inúteis escondem WhatsChrome e outras coisas úteis |
Sei exatamente o quê estava fazendo, — ou tentava fazer, — ao provocar o desaparecimento do Menu.
Tinha acabado de instalar uma cópia antiga do Corel Draw, — e verifiquei que Menu → Outros estava repleto de itens inúteis, — muitos deles já eliminados do Wine, antes mesmo de instalar o Linux Mint 17.3.
O “Windows” do Wine (C:\windows) e todos os seus aplicativos (C:\Program Files) ficam em uma pasta oculta em /home/$USER/.wine, — e se você instala uma nova distro, sem formatar a partição /home, basta instalar e configurar o Wine na nova distro, para continuar usando os aplicativos instalados antes.
O itens do Menu também ficam em pastas ocultas na /home, — e também sobrevivem, se a partição não for formatada.
Resolvi, portanto, “editar” o Menu do Linux Mint Cinnamon, para “desmarcar” a exibição daqueles itens-fantasma, — ou deletá-los de uma vez por todas.
Também queria agrupar os itens restantes na categoria Menu → Wine.
Clique com o botão direito no Menu do Cinnamon e escolha Configurar |
Um caminho, para abrir o Editor do Menu do Cinnamon, é clicar com o botão direito no ícone do Menu, e escolher Configurar.
Outro caminho é abrir o Menu → Configurações do sistema → (Preferências) → Miniaplicativos → botão direito no applet Menu → Configurar.
Abertura do Editor do Menu do Cinnamon, a partir da configuração do applet |
Por qualquer dos 2 caminhos, você chega ao Editor do Menu, — cuja utilização exige cuidados.
Editor do Menu do Cinnamon, — e dezenas de itens órfãos na categoria “Outros” |
Não lembro quantas ações cheguei a tentar, — nem exatamente quais. — A única certeza é de que fiz poucas tentativas, antes de o Menu desaparecer.
É de se supor que o Editor do Menu do Cinnamon funcione para a maioria dos usuários, — a menos que a maioria não use, ou resolva seus casos por outros meios, — mas as exceções são numerosas e persistentes no tempo, a julgar pelos pedidos de socorro e tutoriais encontrados.
O problema não é exclusivo do Linux Mint, — ocorre onde quer que se use o ambiente Cinnamon, — mas não prestei atenção aos tópicos onde era citado o Gnome.
Se você limitar sua busca, no Google, apenas ao “último ano”, — tópicos recentes ou ainda ativos, — já terá material para muitas horas de leitura.
Uma das soluções, frequentemente sugerida, é utilizar uma espécie de “undo”, específica para o Painel do Cinnamon, — abra um terminal, cole e execute esse comando, 1 vez, 2 vezes, 3 vezes etc.:
gsettings reset-recursively org.cinnamon
Várias pessoas agradecem, felizes da vida, — resolveu para elas, — mas outras informam que não solucionou.
Aqui, o uso desse comando apenas desfez 2 ou 3 configurações muito úteis (e bem anteriores ao crash), — até que decidi parar por ali mesmo, e refazer (à mão) o que já tinha desfeito (sem que o problema se resolvesse).
A nova pasta “.config” (à esquerda), — e a antiga, com vários anos de configurações |
O que resolveu, — após alguma pesquisa, — foi “remover” a sub-pasta (oculta) .config, dentro da “pasta pessoal” → /home/flavio/.config.
Foi exagero! — Bastava “remover” a sub-pasta /home/flavio/.config/menus, — sem perder todas as configurações de dezenas de aplicativos.
Para “removê-la”, — sem perder todas as outras configurações, — apenas renomeei como .config_b.
Uma vez que essa pasta “pertence” a você mesmo, você pode alterá-la pelo Nemo, — se conseguir abri-lo!, — sem sair da sessão Cinnamon.
Mas não consegui abrir o Nemo, — por isso, a “intervenção cirúrgica” foi realizada a partir do Kubuntu. — Naquela hora, foi muito prático, ter 2 sistemas Linux em dualboot.
Ao reiniciar o computador (ou fazer Logout / Login para iniciar nova sessão), — e não encontrar uma pasta .config, — o Linux Mint Cinnamon cria outra .config, vazia, que logo começa a “povoar”, à medida em que você abre um aplicativo, e outro, e mais outro. Porém, todos com a configuração-padrão.
De imediato, é criada uma nova sub-pasta .config/menus, — e a nova sessão já se inicia com o Menu restabelecido, — tal como era, antes de tentar editá-lo.
Mais tarde, a nova pasta .config foi renomeada .config_c, e a antiga voltou ao seu lugar, com o nome correto.
Então a nova sub-pasta .config_c/menus foi copiada e colada no lugar da antiga .config/menus, — e todas as demais configurações, personalizadas ao longo dos anos, voltaram.
Crash revisitado
Novo crash ao usar o Editor do Menu do Cinnamon |
Durante 3 meses, — de 30 Jan. até 30 Abr. 2016, — nunca mais utilizei o “Editor do Menu” do Cinnamon.
Não ocorreu nenhum outro problema embaraçoso. — O Linux Mint 17.03 Cinnamon vem sendo usado, dia-sim-dia-não, para trabalho e atividades pessoais, com toda produtividade e confiabilidade.
Mas, aquelas anotações, prints, bookmarks etc. aguardavam um registro organizado, — e hoje, ao separar o material para publicação, o bicho-mexedor tornou a meter a patinha onde não deve.
Cheguei a tentar, apenas, o mínimo, — desmarcar 1 item-fantasma, depois um 2º item-fantasma, — e… — Crash! — De novo.
Comandos para montagem automática das partições, em “Aplicativos de sessão” (gnome-session-properties) |
Felizmente, agora o Dolphin está nos Aplicativos de sessão, — Portanto, já estava aberto, automaticamente, desde o momento em que foi carregado o Linux Mint 17.3 Cinnamon.
Assim, foi possível consertar o novo desastre, sem sair do Linux Mint, — e apenas fazer Logout / Login, para reiniciar a sessão Cinnamon.
Três gerações de “.config/menus”, — antes de 30 Jan., desde 30 Jan., e em 1º Mai. 2016 |
Foi uma boa oportunidade para testar a hipótese de que não seria necessário mexer em centenas de configurações, acumuladas na pasta .config, — bastaria “remover” a sub-pasta .config/menus.
De fato, isso foi mais do que o bastante, para resolver o problema.
A sub-pasta .config/menus foi renomeada .config/menus_XX_2016-05-01, e ao reiniciar a sessão, — por Ctrl-Alt-Del → Logout / Login, — o Linux Mint Cinnamon criou outra sub-pasta .config/menus, novinha em folha.
E lá estava, de volta, o Menu.
Applet do Usuário, — muito útil para Desligar, Reiniciar ou Encerrar uma sessão no Linux Mint 17.03 Cinnamon |
Outra “saída alternativa”, — para Reiniciar, Desligar, ou apenas Encerrar a sessão (Logout), — é pelo “Applet do Usuário”.
Já tinha eliminado (ou, apenas não-incluído?) esse applet do Painel, antes do dia 30 Jan. 2016, — mas a leitura de possíveis soluções para o “crash do Editor do Menu” mostrou sua utilidade. — No mínimo, é um caminho muito mais rápido, do que qualquer outro Menu.
Menus em abundância
Variedade de applets alternativos para substituir o Menu do Cinnamon |
Um tipo de resposta muito comum, — quando alguém pede socorro após um crash do Editor do Menu do Cinnamon, — é sugerir que instale um Menu “alternativo”.
E, de fato, é notável a quantidade de opções disponíveis, — mais de 20 Menus “alternativos”, — mas não funcionam, enquanto o Menu original estiver desaparecido.
Midnight-Commander
Midnight-Commander instalado e aberto em sessão CLI |
Esta foi apenas uma das situações em que me senti órfão de pai e mãe, — sem Menu, sem nenhum Lançador, para abrir qualquer aplicativo, ou sequer para “Sair”, — pois nos primeiros 7 anos de Linux me concentrei nas soluções GUI, para tocar o trabalho sem muita perda de tempo.
Felizmente, foi uma das situações mais fáceis, — pois consegui abrir o navegador para pesquisar, — e tinha uma segunda distro, em dualboot, para resolver o problema, com todo conforto.
Mas havia alternativas.
1) - Um modo seria fazer Logout, — então usar Ctrl+Alt+F2 para alternar da tela de Login para o Console virtual tty2, logar nele, e fazer tudo por comandos. — Isso é chato, para quem ainda não tratou de se familiarizar, e pode acabar em desastre.
Em algumas distros, a o ambiente gráfico fica no tty1, — em outras, no tty7, — ou em algum outro Console virtual.
A maneira mais simples de descobrir é tentar Ctrl+Alt-F1, — Ctrl+Alt+F2 etc., — até mapear todas as que estão disponíveis, e onde está o ambiente gráfico, ou a tela de Login.
1.1) - Tempos depois, adquiri o hábito de sempre instalar o Midnight-Commander (mc) em todas as distros. — É um gerenciador de arquivos que você pode usar no Console virtual, sem Cinnamon ou qualquer outro ambiente gráfico.
Logado como Root, o mc também pode ser usado para editar arquivos de configuração, como /etc/fstab, numa emergência.
Ao editar pela primeira vez um arquivo (F4), o mc costuma perguntar qual editor você deseja usar. — As opções costumam ser o Nano (o mais simples e amigável), o Vi ou Vim (o mais poderoso, porém um tanto difícil), e o editor interno mcedit.
2) - Tendo outra distro em dualboot, reiniciar a máquina, carregar o Kubuntu e usar o Dolphin.
3) - Outra opção, seria carregar uma sessão Live DVD (ou Live Pendrive), — e usar o Nemo, ou Dolphin etc., a partir dele. — Neste caso, talvez precise usar privilégios de Super-Usuário (Root); para isso, convém se informar das senhas Live da distro que vai usar.
Isso porque, na maioria das distros, o primeiro Usuário criado tem identificador UID=1000, — ou seja, é sempre “o mesmo”, independente do nome utilizado. — Mas se o Usuário da sessão Live tiver identificador UID=999, não poderá alterar nada na /home do UID=1000, a menos que recorra aos poderes de Super-Usuário.
• Solução para o Wine
De algum lugar, provêm os itens-fantasma rastreados pelo Menu do Cinnamon |
Parecia fora de dúvida que a solução mais simples e correta para eliminar a multidão de itens-fantasma e outros itens inúteis, na categoria “Outros”, — restos arqueológicos de experiências feitas no Wine, — fosse uma “limpa” nos registros ocultos, preservados na “/home”, que o Menu do Cinnamon limita-se a rastrear.
Chamava atenção, em especial, a pasta:
“/home/.local/share/applications/wine/Programs/”,
— embora outras pastas também sejam indicadas em vários tutoriais e tópicos de foruns, — porque ali se encontravam exatamente os itens (úteis ou inúteis) da categoria Menu → Outros.
Renomeando itens de Menu → Outros na pasta “/home/.local/share/applications/wine/Programs/” |
O primeiro teste foi “remover” os arquivos “indesejáveis”, renomeando o sufixo “.desktop” para “.ex_desktop”.
Categoria Menu → Outros expurgada dos itens-fantasma ou sem utilidade |
A cada item-fantasma renomeado, imediatamente desaparecia de Menu → Outros o item-fantasma correspondente. — Após essa constatação, a “limpeza” prosseguiu com mais tranquilidade, até eliminar todos.
Obs.: — Esta “solução” (ainda) não funcionou no Kubuntu (3 Mai. 2016).
Restou a pasta:
“/home/flavio/.local/share/applications/wine/Programs/Adobe/Photoshop 6.0/”
que não contém nenhum arquivo com o sufixo “.desktop”.
Foi deletada a pasta-mãe:
“/home/flavio/.local/share/applications/wine/Programs/Adobe/”
e mesmo assim, o item “Adobe Photoshop CS” não desapareceu de Menu → Outros.
Não era mesmo de esperar que desaparecesse, — uma pasta “6.0” não poderia ser a causa de um “CS” no Menu.
Restando 1 único item a eliminar, decidi voltar ao “Editor do Menu” (Cinnamon), e apenas desmarcá-lo.
Tinha comigo uma teoria, — de que o crash decorre de algum “encavalamento” de 2 ou mais ações sucessivas, sem aguardar algum “delay” entre elas, — e não acreditava que 1 única ação simples, como “desmarcar”, causasse problemas.
Funcionamento perfeito do “Editor do Menu” (Cinnamon), quando se faz apenas 1 clique |
De fato, não causou, — a “desmarcação” do item Photoshop transcorreu na mais completa paz.
Apenas, o item “desmarcado” efetuou uma cambalhota e saltou para o topo de outros iguais a ele.
Photoshop eliminado de Menu → Outros, no Linux Mint 17.3 Cinnamon |
Por via das dúvidas, aguardei ainda alguns minutos, antes de fechar o “Editor do Menu”, — e pelo menos 1 minuto, antes de abrir o próprio Menu → Outros, para ver o resultado.
Funcionou.
• Experimentos & comparações
A adoção de 2 sistemas, — “principal” (Kubuntu) e “alternativo” (Debian, Mint, Kubuntu), — cumpre vários papéis:
- Segurança — Dispor de uma “Opção B”, em caso de problemas no sistema principal (e vice-versa).
- Experimentação — Testar o incerto no “alternativo”, antes de tentar no “principal”.
- Comparação e aprendizado — Não ficar limitado a uma única “distribuição” GNU / Linux, ou a um único “ambiente gráfico”. Por mais que goste do KDE / Kubuntu, ele não é tudo. Tem pontos fracos (como o Menu K), assim como possibilidades pouco evidentes, — “ainda não descobertas”, — e com frequência trago aplicativos ou configurações descobertos no Mint ou no Debian, por exemplo.
Várias experiências com Wine foram tentadas no sistema “alternativo”, — por isso, é na “segunda /home” que se acumularam inúmeras “instalações” (falhadas) de programas antigos do Windows.
Somente as que deram certo no sistema “alternativo”, foram depois aplicadas no sistema “principal”, — cujo Menu permaneceu “limpo”, por esse motivo.
Agora mesmo, em 30 Jan. 2016, o Linux Mint 17.3 Cinnamon, — acabado de instalar 2 semanas antes, — foi utilizado para experimentar a instalação de uma versão antiga do Corel Draw.
A instalação foi um sucesso, — o Wine / Corel abriu os arquivos acumulados nas últimas décadas, em geral “matrizes” de mapas ilustrativos, — mas, por algum motivo (a desvendar), até agora não conseguiu salvar alterações, nem exportar (GIF, JPG) as atualizações dos mapas.
Quanto ao Photoshop, já falharam mais de 15 tentativas de instalar o primeiro “CS”, — ao custo de vários dias de pesquisa e experimentação, — e o acervo acumulado de arquivos “.psd” só aguarda um tempo livre, para ser expurgado em massa, salvo poucas exceções.
• Outros “Editores de Menu”
Itens do Wine no Menu → Achados e perdidos, do Kubuntu |
“Editar Menu”, nunca se apresentou como “bicho de sete cabeças”, — mesmo quando o Linux ainda era um mundo misterioso e desconhecido.
Lembro, — ainda não tinha um caderno específico para centralizar anotações, — de editar o Menu no Debian, em um Ubuntu + KDE completo, e com certeza também no Kubuntu.
Mas, tudo isso é muito vago, nebuloso.
Passei, então, ao Kubuntu 16.04 LTS, — instalado há 1 semana, — e tratei de examinar o Menu.
Aliás, “os Menus”, — o “K”, no canto esquerdo, e o “Homerun Kicker”, no canto direito, — cada um com suas funcionalidades.
Ficou evidente a ausência de “lixo”, — não foram feitos “experimentos” com Wine no sistema “principal”, — portanto, não ficaram “restos” na “/home” do antigo Kubuntu 14.04, a serem “herdados” pelo 16.04.
Menu “Homerun Kicker”, no Kubuntu, após eliminar 3 itens dos “Achados e perdidos” |
Mesmo assim, havia 3 itens inúteis, — 2 Adobe-fantasma e 1 Macromedia Extension Manager nunca utilizado, — e foi feito um teste.
Right-click no Menu-K ou no Homerun Kicker para abrir o KDE Menu Editor |
O “editor de Menu” pode ser chamado tanto a partir do Menu K, quanto a partir do Homerun Kicker. — Testei a partir deste último, só para provocar as chances de algum problema. — Mas não houve problema algum.
KDE Menu Editor |
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Publicado em 1º Mai. 2016, com 12 imagens.
• Ampliado até 3 Mai. 2016.
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