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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A batalha da comunicação no Facebook


As páginas de Dilma Roussef, Lula e Partido dos Trabalhadores apontam alguns caminhos eficazes para a batalha da comunicação no Facebook.

Refiro-me à difusão de informações capazes de desmontar boatos e versões distorcidas da grande mídia, e semear dados ausentes da cultura orientada pela comunicação em massa.

Para que essas informações se disseminem e produzam efeito, precisam primeiro chegar ao maior número de seguidores,  e ser consideradas, por eles, relevantes para o momento que vivem na sociedade.

Munição
Poucos dias após concluir esse texto, encontrei no artigo Como nasceram os “tijolaços” do Brizola (7 Fev. 2015) a demonstração prática da importância da informação para municiar a militância: 
muitas vezes, critiquei duramente a forma que havia ali  textos longos, parágrafos imensos, metáforas, etc  de fazer comunicação.
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E ouvia quase sempre uma resposta: 
 Não tem importância, Brito. Isso aqui é a munição que o nosso pessoal precisa para travar a polêmica.

O modelo mais simples e eficaz é a conjugação de blog / portal, — onde informações relevantes podem ser resumidas com rapidez, e mantidas a longo prazo,  com as ferramentas de divulgação nas redes sociais, para que possam viralizar em tempo real, de acordo com as necessidades sentidas por seus seguidores, em debate com os segmentos sociais onde vivem, trabalham e se movem no dia a dia.

Dilma, Lula e PT

Facebook
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Blog
Dilma Roussef
2.393.537
+ 38
dom, 1/2/2015 22:38 Administrada pelo PT. /SiteDilmaRousseff http://www.dilma.com.br/
Lula
2.002.060
+ 112
dom, 1/2/2015 14:56 Administrada pela equipe do ex-presidente. /Lula/timeline http://www.institutolula.org/
Partido dos Trabalhadores
921.254
+ 29
dom, 1/2/2015 21:02 /pt.brasil http://www.pt.org.br/

O quadro (acima) é um levantamento rápido (*), datado do Domingo, 1º de Fevereiro de 2015, em que tomou posse o novo Congresso, com a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado,  e considera apenas o Facebook.

Foi um domingo nervoso, já que não havia muito o que a militância pudesse acompanhar, e muito menos, fazer,  era esperar, e no final receber um resultado instantâneo,  uma vez que a blogosfera não tem estrutura para acompanhar eventos dessa magnitude, em detalhes, exceto retransmitindo versões e especulações da grande mídia.

As equipes das três páginas estavam em plena atividade, municiando a chamada militância com informações relevantes para o debate na sociedade, — ainda que não sobre o Congresso, — afinal, muitos outros temas estão em pauta, o tempo todo.

É o que registra a coluna “Recente”, com a data e hora da última postagem até aquele Domingo, — conferida após a meia-noite.

O aumento do número de seguidores, —  indicado na coluna “24 horas”, —  é apenas aproximado, uma vez que não era possível registrar a hora exata das observações feitas no Domingo e na Segunda-feira.

Na manhã de hoje, por exemplo, — Quarta-feira, dia 4, — observei uma redução de 40 seguidores na página do PT, em relação àquele Domingo. No final da tarde, já havia recuperado.

A batalha da comunicação institucional

Facebook
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Página no FB
Petrobras
1.527.357
sáb, 31/1/2015 10:30 /petrobras
Ministério da Educação
1.245.374
dom, 1/2/2015 20:00 /ministeriodaeducacao
Ministério da Saúde
1.047.944
dom, 1/2/2015 17:00 /minsaude
Portal Brasil
425.176
dom, 1/2/2015 18:30 /portalbrasil
Palácio do Planalto
301.004
dom, 1/2/2015 11:20 /PalacioDoPlanalto/timeline
CGU
191.407
sex, 30/1/2015 14:00 /cguonline
Ministério do Desenvolvimento
Social  e Combate à Fome
185.518
sex, 30/1/2015 11:25 /MDSComunicacao
Ministério da Integração Nacional
101.094
dom, 1/2/2015 20:15 /br.integracao
Seppir Presidência
28.366
sex, 30/1/2015 15:59 /Seppir
TV NBR
16.663
sáb, 31/1/2015 12:50 /tvnbr

A comparação com alguns órgãos de governo, de Estado, estatais etc. evidencia o provável recurso à programação (agendamento) de postagens para os finais de semana, — resultando em horas redondas, ou levemente fracionadas, — afinal, a sociedade vive, respira, navega e se informa mesmo quando as equipes dos órgãos públicos usufruem o merecido descanso.

O recurso ao pré-agendamento de postagens no Facebook é uma ferramenta importante para qualquer página, uma vez que permite alcançar os momentos de maior atividade dos internautas, — que variam, nos feriados e finais de semana, em relação aos chamados dias úteis, — e assim a informação se propaga ao máximo.

Resta notar diferentes graus de eficiência aparente, entre as equipes de comunicação e tecnologia dos diferentes órgãos e empresas, — refletidas, em parte, no número de seguidores das respectivas páginas.

Apenas “em parte”, uma vez que outros fatores devem ser considerados. Por exemplo, se a página é antiga ou nova, no Facebook. Também, o maior ou menor interesse da sociedade pelos temas de cada área. Mas, também, o maior ou menor interesse despertado pelos conteúdos e formatos das divulgações. Linguagem empolada, burocrática, pode ser bem menos atrativa do que títulos e textos diretos e claros.

Enfim, o re-compartilhamento frequente de determinados temas e conteúdos por outras páginas de grande alcance, — como as da Dilma, Lula, PT, — pode intensificar o alcance das páginas do MEC ou da Saúde, por exemplo, acelerando a obtenção de seguidores. Mas é difícil medir, uma vez que já são, por si sós, áreas de interesse fundamental, quase diário, para milhões de brasileiros.

Chama atenção o desempenho da página da TV NBR, lanterninha em seguidores, e ausente num momento fundamental da democracia brasileira. Caberia avaliar a utilidade do próprio site, que seria a fonte natural do conteúdo a divulgar. Ofereceu TV online, naquele Domingo?

Essas páginas não foram todas pesquisadas no Domingo, — só as que já seguia, — por isso registrei poucos dados. Palácio do Planalto obteve 153 seguidores até o dia seguinte. Portal Brasil obteve 116 seguidores. A página da CGU obteve 94 seguidores, e o Ministério da Integração Nacional obteve 89.

A batalha de São Paulo

Não é possível ignorar a importância, para o PT, das batalhas que se travam em São Paulo,  o maior estado da federação, a maior cidade do Brasil, a cidadela da direita conservadora, e o campo de duas das mais arrojadas apostas de Lula para o futuro político do país: Fernando Haddad e Alexandre Padilha.

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Prefeitura de São Paulo
60.887
+ 56
dom, 1/2/2015 20:52 Página oficial da Prefeitura de São Paulo. /PrefSP
Prefeitura Municipal de São Paulo
11.332
+ 3
2014 Curiosidades. Sem atividade regular (meia-dúzia de postagens).
Fernando Haddad
18.825
+ 3
dom, 1/2/2015 19:32 Perfil NÃO oficial. Agenda do prefeito, diariamente. Inúmeros links da Folha de S. Paulo.
Fernando Haddad 13
40.902
+ 8
2012 Abandonado ao final da campanha. Última postagem: álbum Dia da Vitória. /fernandohaddad13/timeline
Fernando Haddad
(“pessoa”)
ND
2013 4 amigos em comum (total desconhecido). Última postagem pública em 2013. “Nasceu” em Agosto de 2014 (?).

A página da Prefeitura de São Paulo no Facebook é a única fonte de informações relevantes que o ativista encontra para divulgar o que a grande mídia não mostra nessa “batalha de São Paulo” e dessa aposta política de Lula em novas lideranças.

O número de seguidores é irrisório,  considerando o tamanho da cidade e a importância das batalhas que ali se travam,  e o conteúdo ainda é ralo, embora relevante.

Demanda existe. Uma outra página com o nome da Prefeitura, e apenas meia dúzia de postagens bobocas, tem mais de 11 mil seguidores.

O militante petista que procura “Fernando Haddad” no Facebook depara-se com um punhado de opções, que podem exigir meia-hora ou mais, para decidir quais não seguir.

A menos ruim,  mantida por fãs, com a maior boa vontade,  divulga diariamente a agenda do prefeito. Porém a maior parte das notícias,  aparentemente positivas,  são links da Folha de S. Paulo.

Número maior de seguidores, tem a página de campanha,  abandonada desde a vitória na eleição, em 2012,  e o fato de obter 8 novos seguidores de um dia para outro mostra que a militância sente falta de informações. Está procurando, sem saber onde encontrar.

Enfim, a página pessoal de Fernando Haddad não se destina ao público. Nem faz sentido enviar pedido de amizade.

Facebook
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Obs.
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Alexandre Padilha 13
29.376
-4
2014 Página oficial da campanha /Padilha13SP/timeline
Padilhando 2014
7.580
-1
qui, 29/1/2015 10:15 Pagina de apoiadores. Postagens não muito frequentes. /PadilhandoSP/timeline

A página oficial da campanha de Alexandre Padilha foi desmobilizada logo após a derrota na eleição para o governo do estado no primeiro turno.

Segue em atividade uma outra página, mantida por apoiadores.

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Fernando Pimentel
205.304
+ 75
sex, 30/1/2015 19:25 Página administrada pelo PT. /PimentelMinas
Governo do Estado de Minas Gerais
60.721
ND
dom, 1/2/2015 19:19 “Facebook oficial do Governo do Estado de Minas Gerais”. /governomg

O panorama da batalha da informação em Minas Gerais fornece uma comparação que seria interessante Haddad, Padilha, PT-SP e suas equipes observarem.

A página oficial de Fernando Pimentel continua em plena atividade. Equipara-se à de alguns ministérios importantes, em número de seguidores, — e conseguiu obter 75 novos seguidores entre o Domingo e a Segunda-feira, um sinal de dinamismo, apesar de seu governo ter apenas um mês, e provavelmente ainda estar tomando pé em muitos setores da máquina estadual.

A página oficial do governo de Minas Gerais também está em plena atividade, — rapidamente engajada nos focos prioritários da nova administração, como a preparação para fazer frente à escassez de água no estado, que não mereceu destaque até o final do governo anterior.

A batalha política


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Eduardo Suplicy
327.849
+ 154
sáb, 31/1/2015 23:38 /EduardoSuplicy
Gleisi Hoffmann
150.495
+ 17
dom, 1/2/2015 19:01 /gleisi.hoffmann
Marta Suplicy
78.074
ND
ter, 27/1/2015 08:13 /MartaSenadora/timeline
Vanessa Grazziotin
60.388
ND
dom, 1/2/2015 21:25 /VanessaGrazziotin
Maria do Rosário Nunes
55.992
+ 74
dom, 1/2/2015 15:09 /pages/Maria-Do-Ros%C3%A1rio-Nunes/154111111330577
Jandira Feghali
48.556
+ 136
dom, 1/2/2015 22:12 /sigajandira2
Erika Kokay
47.645
+ 68
dom, 1/2/2015 21:45 /ErikaKokay/timeline
Enio Verri
43.550
+ 18
dom, 1/2/2015 17:29 /enioverri
Humberto Costa
42.859
+ 5
dom, 1/2/2015 20:45 /humbertocostapt
Paulo Teixeira
25.878
+ 14
dom, 1/2/2015 21:54 /DeputadoPauloTeixeira
Henrique Fontana
24.753
ND
dom, 1/2/2015 18:52 /deputadohenriquefontana
Nilmário Miranda
23.951
+ 12
dom, 1/2/2015 11:02 /nilmario.miranda
Margarida Salomão
16.292
+ 8
dom, 1/2/2015 18:09 /jfmargarida
Chico Vigilante
10.084
+ 3
dom, 1/2/2015 13:17 /chicovigilanteoficial
José Mentor
7.361
ND
dom, 1/2/2015 13:32 /JoseMentorPT
Zeca Dirceu
(“pessoa”)
-2
sáb, 31/1/2015 11:44 /zeca.dirceu
José Mentor
(“pessoa”)
ND
dom, 1/2/2015 19:05 /jose.mentor.165

Não pesquisei listagem completa (*), nem fiz qualquer seleção dos políticos cujas páginas foram comparadas, — são apenas as páginas que já seguia, — e algumas não foram visitadas naquele dia, por não apresentarem postagens na minha timeline geral (talvez devido aos algoritmos do Facebook).

Para "obter notificações", visite a página. Apenas passe
o mouse sobre "Curtiu", sem clicar (descurtir), e
escolha "Obter notificações".
As que foram visitadas no Domingo (e por isso pude conferir os novos seguidores na Segunda-feira), em grande parte são páginas que, além de “curtir”, já tinha tido o cuidado de “obter notificações” — por serem páginas cujas postagens quase sempre me parecem relevantes na batalha da informação.

A seleção, portanto, dependeu de outros seguidores, que já tinham nos últimos 2 ou 3 anos, e que re-compartilhavam suas postagens, — e a partir dessa visibilidade fui descobrindo e escolhendo quais páginas seguir; — e dentre elas, de quais desejava receber notificações.

Com exceção do delegado Protógenes Queiroz, — não verificado, por não aparecer na timeline daquele Domingo, — não lembro de nenhum outro que tivesse o hábito de pagar ao Facebook para “impulsionar” a visibilidade de suas postagens, pelo menos em tempos recentes.

É um recurso discutível (exceto para manter o FB), pois tende a exibir e tornar a exibir, — reiteradas vezes, — aquela postagem para as mesmas pessoas, que já a viram e curtiram. Você vai curtir e, se não prestar atenção, seu novo clique descurte, pois já tinha curtido antes.

Por “relevantes”, refiro-me a postagens que rompem um muro de silêncio, ou desmontam boatos, notícias tendenciosas etc.

O contrário de “relevante” seriam, por exemplo, postagens de deputado recebendo visitas em gabinete, comparecendo a eventos, fotos do deputado em ação, longos discursos em vídeo (com todos os salamaleques e delongas que precedem algum trecho relevante), mensagens de confiança na vitória, links de notícias ou entrevistas na grande mídia etc. Coisas perfeitamente “perdíveis”, que não compensam “obter notificações” e entupir a timeline.

O resultado desse levantamento, — em especial, no que toca aos parlamentares, — é uma sensação de que ainda não se deram conta da importância da “batalha da informação”, ou do potencial das redes sociais para romper o tratamento desigual dado a eles pelos meios de comunicação em massa.

Lembrando, porém, que Facebook não é tudo. Só para dar um exemplo, Greenhalgh é presença constante no Twitter, retweetado por grande número de seguidores. No Facebook, (“pessoa”), temos 106 amigos em comum (total não revelado). Aceita seguidores (tem apenas 811). Nada indica que administre ou encarregue alguém de administrar seu perfil FB, onde aparecem inúmeros vídeos-virus tipo “garotas bêbadas”, entremeando suas postagens numerosas e frequentes. Porém, trata-se de meras réplicas (automáticas) do que posta no Twitter.

(*) Metodologia, ou falta de.

Conforme observado, o levantamento não seguiu nenhuma metodologia previamente estabelecida segundo critérios objetivos. Não foi consultada uma lista completa de parlamentares, ministérios ou órgãos públicos, estatais etc.

A seleção nasceu da visibilidade previamente proporcionada por seguidores mais antigos e seus re-compartilhamentos, — caminho natural para as descobertas e escolhas de boa parte dos usuários do Facebook.

As escolhas, naturalmente, — tanto dos amigos quanto das páginas, — são pessoais, sendo apenas possível que reflitam alguma “tribo”, ou “sub-tribo”, mas disso não há qualquer garantia. Nenhum grupo “organizado”, ou consciente de sua própria existência, — exceto por um genérico apoio à mudança representada no Brasil pelos governos Lula e Dilma, e que não se limita ao “petismo”. Há inúmeras “correntes”, “tendências” etc., dentro e fora do PT. E, afinal, a internet é território do individualismo, mesmo nas “militâncias” desta ou daquela “causa” ou partido.

Ao longo dos últimos 4 anos, — desde as eleições de 2010, — páginas foram sendo curtidas, e eventualmente descurtidas, assim como novas amizades.

Nas últimas eleições (2014), passei a “obter notificações” de algumas páginas cujas postagens me pareceram essenciais, num momento que pareceu bastante “crítico”. Também aí, houve reavaliações e algo foi desfeito mais tarde.

O pseudo-conceito de “batalha da informação” é apenas uma apropriação leviana, de uma leitura superficial e acrítica, feita há 3 décadas, do “Marketing de guerra”, publicado na segunda metade da década de 1980, se não me engano, pela revista Exame. Guardo uma vaga lembrança de que, segundo aquele “manual”, deve-se jogar fora a pretensão ingênua de que “o bom produto vencerá por si só”; e uma sugestão de que a cabeça do consumidor seria como uma “colina” a ser conquistada, tal como em antigos filmes hollywoodianos de guerra. Falava de marcas (institucionais) e produtos de consumo, claro, mas não deixa de fazer algum sentido também numa “batalha de ideias”. Onde quer que a verdade seja a primeira vítima, pode-se recear que estejamos, sim, diante de uma espécie de “guerra” — a continuação da política por outros meios.

E, se um lado considera necessário vitimar a verdade com desproporção de meios, — como quem caça baratas a tiros de canhão… ou mediante a mobilização de enormes redes de comunicação de caráter monopolista— não parece fora de propósito orientar a contra-estratégia no sentido de disseminar os dados ocultados pelos meios de comunicação em massa.

Enfim, a avaliação do que seja “informação” foi influenciada por outra leitura superficial e leviana, na década de 1970, segundo a qual, — em sociedade, — 1 bit equivale à menor quantidade de “informação” capaz de confirmar (inércia = 0) ou alterar (ação = 1) uma decisão. Aliás, a “decisão” seria a alteração do estado de inércia. Manter o estado de inércia, não passaria de redundância. Numa interpretação bastante livre, leviana e aloprada, dedicar-se alguém a divulgar links da Folha, Globo, — mesmo quando o título pareça favorecer uma crítica à direita, ou uma realização positiva da esquerda, — fica bem próximo de remeter o leitor de volta ao “pensamento único”, organizado e mantido para confirmar o status quo e opor-se à mudança. Numa analogia inversa, é como querer caçar elefante com bolinha de papel.

— … ≠ • ≠ … —

Ferramentas &tc.


domingo, 14 de setembro de 2014

Instalação do Kubuntu 14.04 Desktop amd64 (LTS)

Tela de entrada do Live DVD do Kubuntu 14.04 Desktop amd64 (LTS). Foto digital às 16:23.

Este é um registro completo da instalação do Kubuntu 14.04 Desktop amd64 (LTS), desde a tela inicial do Live DVD, até a instalação (posterior) de alguns programas adicionais que preciso ter sempre à mão.

A instalação do Kubuntu, propriamente, — usando conexão de 1 Mega (128 kbps), — levou cerca de 2 horas, das 16:23 até as 18:14, com muitas pausas para fazer registros escritos (no LibreOffice e no caderno), tirar fotos, conferir se os prints de tela tinham sido feitos corretamente, consultar os registros de instalações anteriores, lavar as panelas, fazer um feijão, pendurar a roupa no varal etc., além de vadiar no Facebook, afinal ninguém é de ferro.

Outras 3 horas foram utilizadas para atualizar tudo, e baixar e instalar uns 20 programas adicionais, das 18:30 às 21:30.

Obs.: - Esses tempos e horários referem-se a uma conexão de "1 mega", que na prática dificilmente ultrapassa cerca de 128 kB/s.

16:23 - Tela de entrada do Live DVD (acima), com algumas opções básicas: (a) Linguagem; (b) Testar ou instalar; (c) Sair. — Escolhi Português (Brasil) e cliquei em Try (Experimentar), para rodar o novo sistema a partir do DVD. Desse modo, poderia navegar na web, registrar prints de tela, fazer anotações no LibreOffice etc., durante a instalação.

Tela inicial do Kubuntu 14.04 Desktop amd64 (LTS). Printscreen às 16:43, ainda com horário de Greenwich.

16:43 - A tela inicial do Kubuntu, uma vez carregado a partir do Live DVD, apresenta em destaque o ícone de instalação. Você usa o sistema à vontade, e só inicia a instalação quando quiser, e se quiser. — Note que, a essa altura, já há 3 janelas na barra inferior: o KsnapShot, a pasta dos prints (salvos no Pendrive), e o Gwenview (para visualizar os prints).

Ajuste do fuso horário: São Paulo. Printscreen às 16:52


16:52 - Como Belém (PA), Araguaína (TO) e as capitais do Nordeste têm (ou podem ter) diferenças de Brasília quanto ao horário de verão, a escolha tem de ser pelo fuso horário de São Paulo. Clique em Apply, para Aplicar a mudança. — Note que já existem mais duas janelas indicadas na barra de tarefas: o Firefox, para navegar; e o LibreOffice Writer, para anotações. Ambos já vêm pré-instalados no Live DVD. — Verifiquei, então, que o LibreOffice Writer continuava inserindo a hora de Londres (Inserir >> Campo). Foi necessário fechá-lo e abri-lo novamente, para ele se ajustar ao novo fuso horário do sistema.

Iniciada a instalação: idioma e Notas de versão. Printscreen às 17:02

17:02 - Clicado no Install para iniciar a instalação do Kubuntu 14.04 Descktop amd64 (LTS) no computador, abre-se o diálogo e roteiro dos passos em sequência. O primeiro passo é escolher o Idioma. O diálogo adivinha que vou querer Português do Brasil, — o mesmo escolhido antes. Também existe a opção de ler as Notas de versão.

Programas de terceiros (Flash) e atualizações durante a instalação. Printscreen às 17:03


17:03 - Pergunta se deseja instalar programas de terceiros para reproduzir Flash, MP3 etc.; e se deseja baixar atualizações enquanto instala. Tratei de marcar ambas as opções, e cliquei em Continuar.

Pergunta se deseja “desmontar partições da unidade de disco sdc” (Pendrive). Não. Screenshot às 17:04


17:04 - O instalador detecta que uma partição de um “disco” está “montada”, e pergunta se deseja “desmontá-la”. Isto seria necessário, caso precisasse criar, apagar ou redimensionar partições nesse “disco”, para instalar o Kubuntu.

O disco “sdc”, no caso, é um Pendrive. Não é nele que vou instalar o Kubuntu, por isso, não preciso alterar nenhuma partição dentro dele. Está “montado” (em uso) apenas para salvar screenshots e anotações, durante a instalação.

Portanto, a resposta é Não.

O instalador detecta as partições existentes e propõe redimensioná-las, para criar outra(s). Screenshot às 17:09.

17:09 - Chegamos ao disco “sdb”, onde já existem 5 partições, e o instalador faz uma proposta de “ajeitá-las”, para abrir espaço e criar mais uma partição.

Na barra colorida de cima, mostra as partições existentes:
  • Azul (à esquerda) - É a partição onde está o antigo Kubuntu.
  • Verde (pequeno) - É a partição de memória swap.
  • Tijolo - É a partição onde está o Linux Mint.
  • Rosa - É a partição para documentos do Linux Mint.
  • Azul (grande) - É a partição para documentos do antigo Kubuntu.
Na segunda barra colorida, está a proposta que o instalador me apresenta, de reduzir as duas partições de documentos, para abrir espaço no HD.

Esta seria a instalação “Guiada”.

Há mais 3 opções, caso prefira uma instalação “Assistida”, utilizando o disco inteiro.

17:10 - Por fim, existe a opção da instalação “Manual” —  onde você decide quais partições quer usar, —  apagando, criando ou redimensionando-as, você mesmo, do jeito que você quiser. — Ou, deixando-as como estão.

É a que prefiro, pois já planejei há vários anos, e basta repetir sempre os mesmos passos.

Escolha da opção “Manual”, para lidar com partições. PrintScreen às 17:10.

Para ter sempre 2 sistemas Linux, criei 5 partições no HD:

As 5 partições, num desenho bem simples: o Swap é um só, para os dois sistemas Linux.

Norte que basta 1 partição para a memória Swap, — pois o computador só pode rodar 1 sistema de cada vez, e quando saímos dele, a memória Swap é esvaziada.

Não há o que pensar: — Quero instalar o novo Kubuntu no lugar do antigo Kubuntu, — sem mexer na partição de Documentos (onde também ficam as configurações personalizadas).

Partições detectadas pelo instalador nos HDs nº 1 (sda), nº 2 (sdb) e Pendrive (sdc). PrintScreen às 17:20.

No print (acima), ignore as partições do outro HD (sda) e do Pendrive (sdc). — Vou instalar o novo sistema Kubuntu em sdb1, usar o Swap já existente na partição sdb6, e configurá-lo para usar a partição sdb5 para documentos.

Importante: — Note o Boot loader marcado para sda. — O Windows gosta de ficar no 1º HD do sistema. — E é nas trilhas iniciais do 1º HD que ficam os registros do dual-boot, para você escolher qual sistema deseja rodar, quando inicializa o computador.

Escolhendo a partição “raiz” (“/”), onde será instalado o sistema. PrintScreen às 14:23.
17:23 - Escolhida a partição “sdb1”, clique em Alterar. — O tamanho continua o mesmo de antes. — Escolhi o sistema de arquivos “ext4” (já tinha esse formato). — Marquei para formatar (Não precisava, é só excesso de precaução). — Selecionei o “ponto de montagem” (“Mount point”) representado por uma barra solitária (“/”), que indica a “raiz” do sistema (“root”). Ok.

Partição de memória Swap. Screenshot às 17:24.

17:24 - Escolha da partição de memória Swap. Selecione e clique em Alterar. Não há muito o que escolher: —  Mesmo tamanho anterior, Área de troca (swap). Não precisava formatar. Nem oferece opção de “Ponto de montagem” (a menos que escolha outro formato). Na verdade, acho que nada disso era necessário, pois o instalador reconhece o Swap e configura automaticamente. Fica para ilustrar.

Escolha da partição de Documentos (“/home”). Print às 17:25.

17:25 - A partição “/home” — onde ficam os Documentos e configurações personalizadas, — exige 2 cuidados:

Não marque para formatar, — caso contrário, perderá seus Documentos, bem como as configurações personalizadas.

Não mude o formato. — Estava com formato “ext4”, então deve permanecer com o formato “ext4”. Senão, sofrerá formatação, apagando tudo.

Também não recomendo alterar o tamanho. O programa é inteligente, mas pode haver perda de dados.

Portanto, os passos são: — Selecionar (sdb5). — Clicar em Alterar. —  Manter o tamanho anterior. — Escolher o mesmo formato anterior (ext4). — Não marcar para formatar. — Escolher o ponto de montagem “/home”. — Conferir com calma. — Ok.

Conferir com toda atenção as alterações nas partições: não haverá retorno. Print às 17:26.

17:26 - Hora de conferir atentamente as alterações que serão aplicadas nas partições: — Apenas sdb1 está marcado para formatar. — A partição /home (Documentos) não está marcada para formatar, mantém o mesmo tamanho e o mesmo formato anterior. — O carregador de inicialização (dual-boot) será gravado nas primeiras trilhas do HD nº 1 (sda).

Na dúvida, clique Undo all changes. — Caso contrário, Instalar agora.

Ao iniciar a instalação efetiva do Kubuntu, pede o fuso horário e o país, para adotar as convenções. Print: 17:26.

17:26 - Ao clicar em Instalar agora, imediatamente o instalador do Kubuntu entra no diálogo de fuso horário. Ele lembra que escolhi Brasil e São Paulo, mas dá outra chance de opção.

Lembre que o horário da Argentina ou da Groenlândia pode até ser igual, — mas o padrão monetário não é.

Configuração do teclado. Print às 17:32.

17:32 - Cliquei em Continuar, mas levou mais de 5 minutos para chegar ao Teclado. — O instalador já está aplicando formatações no HD, ou baixando arquivos, ou fazendo qualquer outra coisa, furiosamente.

A escolha óbvia é Português (Brasil), variante Português (Brasil).

Informações pessoais, senha e entrada. Print às 17:35.

17:35 -Diálogo de Informações pessoais: — Nome completo, nome de usuário, senha, nome do computador.

Existe a opção de Iniciar sessão automaticamente, — sem pedir senha, — porém qualquer ação que afete o sistema, — como instalar ou remover programas, — sempre irá pedir a senha.

Instalação completa às 18:14. Reiniciar e retirar o DVD ao ser ejetada a bandeja.

18:14 - Instalação completa. — Pode clicar em Reiniciar agora, ou continuar usando o Live DVD. — Ao reiniciar, retire o DVD da bandeja para carregar o sistema já instalado no HD.

Me distraí por 1 minuto, e não vi se passou pelo menu grub, — ou se entrou direto no Kubuntu acabado de instalar, sem oferecer as outras opções de boot (Linux Mint e Windows).

Kubuntu 14.04 instalado: — Já entrou com o wallpaper anterior. — Note os ícones desativados na barra de tarefas.

18:20 - O Kubuntu já reentrou com o mesmo papel de parede que existia antes, — porém três ícones desativados na barra de tarefas: — Chromium, Stellarium e Gimp, que ainda não instalei de novo.

Também no Menu existem programas desativados, até serem reinstalados.

O Firefox também já abriu configurado, com todos os antigos Favoritos, plugins etc., e logado para sincronizar. Gmail e Facebook já entraram logados, Shareaholic já entrou logado e funcionando para compartilhar em meu nome no Facebook.

Exceto pelos programas que ainda precisam ser reinstalados, tudo mais é como estava no início da tarde, antes de reinstalar o Kubuntu — mudando de i386 para amd64.

Usando o Descobridor do Muon, para instalar o Gerenciador de pacotes Muon. Print: 18:57.

18:57 - Utilizando o Descobridor do Muon, procurei instalar imediatamente o Gerenciador de pacotes Muon, que é mais parecido com o Synaptic.

Atualização geral, pelo Gerenciador do Muon, das 19:01 às 19:49.

19:01 - Apesar de ter marcado para baixar atualizações durante a instalação, isto não significava o que imaginei: — Após recarregar a lista de softwares, o Muon indica que há 249 atualizações a serem feitas.

Essa atualização geral, — envolvendo download de 187 MiB, — estendeu-se até 19:49, em conexão de 1 Mega (128 kbps).

Instalação manual do Grub-Customizer, às 19:52.

19:52 - Baixar e instalar o grub-customizar é um pouco diferente do processo normal, automático: — Como ele não faz parte dos repositórios de software do Kubuntu, é preciso, — primeiro, — configurar o repositório onde ele se encontra:

 Para adicionar seu repositório à lista dos repositórios onde o Kubuntu deve procurar softwares e atualizações, basta abrir o Terminal, colar esse comando e teclar Enter:
sudo add-apt-repository ppa:danielrichter2007/grub-customizer
e fornecer a senha de Administrador, ao pedido do “sudo”.

Fique atento ao momento em que ele para e pede para clicar Enter, — senão, não rola.

Em seguida, reabri o Gerenciador do Muon, atualizei as listas de softwares, procurei o grub-customizer... e não encontrei.

Voltei à fonte da informação, e fiz o procedimento seguinte, que não tinha registrado antes: -- Abrir o Terminal e inserir esses 2 comandos, um após outro, fornecendo a senha quando solicitado:
sudo apt-get update

sudo apt-get install grub-customizer

19:59 - Ao final dessa instalação, recebi aviso de que precisaria reiniciar o computador, para que as alterações fizessem efeito.

Tela do Grub ao reiniciar o computador às 20:00, antes de editá-lo com o grub-customizer.

20:00 - A foto (acima) mostra o estado do Grub após a reinstalação do Kubuntu, porém antes de poder abrir o grub-customizer para editá-lo: — Duas opções de (k)Ubuntu no topo, em seguida 2 opções de Memory test, 1 opção do Windows e por fim 2 opções do Linux Mint.

Utilizando o grub-customizer para personalizar o menu do dual-boot, às 20:08.

20:08 - Com o grub-customizer, tratei de selecionar e empurrar para baixo as 2 opções de Memory test, raramente utilizado.

20:26 a 20:54 – Verifiquei no caderno de informática os programas que tenho adicionado ao (k)Ubuntu, ao Debian, ao Linux Mint etc.

No gerenciador de pacotes do Muon, marquei e mandei instalar estes:
  • unison-gtk - backup (sincronização)
  • gimp - editor de imagens equivalente ao Photoshop
  • sane, xsane - scanner
  • stellarium - astronomia
  • konqueror, krusader - gerenciadores de arquivos, navegadores
  • inkscape - desenho vetorial, similar ao CorelDraw
  • librecad - tipo AutoCAD, em 2D
  • pdfcrack, pdftk - utilitários para lidar com arquivos em PDF
  • scribus, scribus-template - editor de jornal, livro, revista
  • filezilla - upload
  • kstars - astronomia
21:15 - Instalado o Chromium, que já entrou logado na sincronização, configurado e personalizado, com todos os plugins, Favoritos etc., e pedindo a senha-mestra para logar automaticamente em tudo mais.

21:30 - Utilizei o Gerenciador de pacotes Muon para instalar o Gerenciador de pacotes Synaptic. Não tinha esperanças de que funcionasse... mas o Synaptic funcionou, e muito bem.

Histórico completo



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Kubuntu



Testes de trabalho em “Live USB”


sábado, 6 de setembro de 2014

Configurando o teclado no Kubuntu 14.04

Levantamento dos principais caracteres obtidos: normal + Shift, Alt, Shift-Alt

Partindo do layout “Português (Brasil)”, ainda é necessária uma configuração adicional para ter acesso ao “terceiro nível” das teclas.

Em “Configurações do sistema”, ou “System settings”, clique em “Dispositivos de entrada”

O caminho é: Menu >> Configurações >> Configurações do sistema >> Dispositivos de entrada.

Configurações básicas do teclado no Kubuntu 14.04

Marque a caixa “Configurar layouts”, para habilitar a opção de configurações adicionais.

Aparece então, no campo inferior, o nome do layout que já estava em uso há tempos. ─ Clique em “Aplicar”, para fazer efeito.

Na aba “Avançado”, marque a caixa “Configurar as opções do teclado”

Na aba “Avançado”, marque a caixa “Configurar as opções de teclado”, para habilitar opções adicionais. ─ Aplicar.

Opções de acesso ao “terceiro nível” do teclado

Abra a opção “Tecla para escolher terceiro nível”.

Desde ontem, adotei o “Alt” do lado esquerdo, que também será aplicado no Linux Mint, para padronizar. ─ Aplicar.

Atualização (22 Jan. 2016): - Alterei a tecla de acesso 3º nível para “Win Esquerdo”; e reabilitei “Alt-Tab” para alternar entre janelas.

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Kubuntu



Testes de trabalho em “Live USB”


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Testando o Ubuntu 14.04 LTS a partir do “Live DVD”

Tela inicial do Ubuntu 14.04, rodando a partir do “Live DVD”

Antes mesmo de terminar a migração do Kubuntu 12.04 para o 14.04, verifiquei que o upgrade direto deixaria duas lacunas, em relação aos meus propósitos:
  1. Queria ter um “Live DVD”, por garantia, para um acidente que exija instalação “do zero” ou, simplesmente, me deixe sem Boot ou HD; e
  2. Queria voltar a testar o Ubuntu “não-KDE”.
Por isso, às 20h11 iniciei o download da imagem ISO do “Live DVD” do Ubuntu 14.04 Desktop, agora pelo Torrent.

Já vi o Torrent funcionar melhor.

Pequeno percalço (I) — Ontem, a navegação ficou quase impossível. Horas, para responder a um clique, ou carregar uma página. Facebook inviável, tive de desistir. Futriquei tudo dentro do Torrent, 3 ou 4 vezes, e não encontrei nada que levasse a uma configuração de “prioridades”. Talvez exista. Só o que encontrei, foram limites de velocidade, ambos muito acima da minha conexão. Reduzi o limite de velocidade do download para 3/4 da velocidade real da minha conexão, e finalmente pude voltar a navegar, — mas com a dolorosa lembrança de que as pausas de navegação não seriam aproveitadas para agilizar o download. Duas horas mais tarde, após 22h35, fui dormir e não vi o resto da novela. Espero, um dia, voltar ao Torrent e descobrir o que há de errado. Pode ter sido consequência de um dos tais arquivos de configuração, que mandei atualizar, com perda das alterações que tenha feito tempos atrás. Resta percorrer de trás pra frente o caderno de informática, vendo tudo que anotei a respeito do Torrent, em instalações anteriores.

Na Segunda-feira, 25 Ago. 2014, às 6h38, tratei de “queimar” um DVD com a imagem ISO; e às 6h43 reiniciei o computador, com o “Live DVD” na bandeja.

Pequeno percalço (II) — Nos últimos meses, deixei a bateria da placa mãe descarregar por completo. Há tempos, ela já não mantinha a hora do sistema, mas isso se corrigia por si só, a cada novo dia, pela sincronização automática do relógio. Mas, na última semana, o bicho miou. A BIOS deixou de manter a configuração, e o boot começou a dar trabalho. Só ia com (F2?), para carregar a configuração default. Tomei uma média de vergonha com coragem, comprei outra bateria, instalei na placa mãe, entrei no Setup, futriquei pra lá e pra cá, e não vi nada a pedir reconfiguração. Ok, também não percorri todo o caderno de informática — a configuração da BIOS devia estar nas primeiras páginas, quando montei o computador atual, mas é possível que haja várias outras anotações nos meses seguintes, à medida em que fui aprendendo, e descobrindo a necessidade de mais algumas configurações.

O resultado, é que hoje o computador não procurou boot na bandeja, — foi direto para o HD.

Reiniciei, apertando DEL até entrar no Setup da BIOS, fui na seção Boot, e recoloquei as coisas na devida ordem: — Procurar o boot, primeiro, na bandeja de CD / DVD; em seguida, nas trilhas iniciais do HD principal. — (Aquele, onde o Windows exige ficar, senão, não brinca). — E nada de procurar boot no Floppy, que não existe.

(Há muitos anos, copiei todos os disketes de 5¼ para disketes de 3½… Depois para ZIP disks… E dos ZIP Disks para CDs… Agora, falta recopiar tudo para DVDs, ou… Mas isso, já é uma outra estória. Fica para o próximo Long-Play).

Às 6h49, o “Live DVD” me apresentou a tela das opções crueis: — Try or Install?

À esquerda, uma lista de línguas de todos os tipos. Só Português, tinha pra mais de meia dúzia. Escolhi o primeiro Português do Brasil, para começar, e a pergunta melhorou: — Experimentar ou Instalar?

Experimentar, claro! — E aqui estou, usando o Ubuntu 14.04 a partir do “Live DVD”, até as 14h58, e ainda pela metade do relato.

Firefox do “Live DVD” Ubuntu 14.04: sem Flash

Ao contrário do Linux Mint, o “Live DVD” do 14.04 não vem com o Firefox completo. — É o normal, no Ubuntu; — o Mint é que é uma exceção.

Cliquei no “Install Plugin”, e não funfou.

O “Install Plugin” não funfou

Normal, também, pois o Ubuntu não vem configurado para procurar softwares de terceiros, — isso é uma coisa que a gente faz logo após a instalação, sem maiores dificuldades. Portanto, não era de esperar tanto do “Live DVD”.

A rolagem vertical das páginas no Firefox também é super-suave, tal como já havia notado no Mint, — mas é apenas normal no LibreOffice. Portanto, é uma qualidade específica do Firefox.

O PrintScreen, — ao contrário do Linux Mint, — funciona maravilhosamente, já deu para notar. Vale registrar que, mesmo rodando a partir do “Live DVD”, — configuração padrão, portanto, — ele não se limita a guardar o screenshot na memória: — Ele abre uma pequena janela com várias opções, inclusive Salvar, e acho que já veio configurado para salvar em formato PNG.


Tentei salvar na partição do Windows, mas ele se declarou inapto. Ok, não é mesmo muito conveniente deixar que um sistema, rodando a partir de “Live DVD”, saia gravando coisas em partições de outros sistemas. Talvez haja uma configuração para permitir isso, — como já configurei no Kubuntu e no Linux Mint, para poderem gravar nas partições, um do outro, e ambos na partição do Windows, — mas não vejo muita utilidade em gastar tempo com isso, agora.

Lembre que toda sessão rodando a partir de um “Live DVD” é volátil — o que você altera, configura, “salva” (ou pensa que “salva”) etc., evapora ao reiniciar o computador. A menos, claro, que você tenha um monte de trabalho para evitar isso. Mas, não vale muito a pena, exceto em situações excepcionais.

Testei o óbvio, — salvar no Pendrive, — e funcionou perfeitamente.

Copiando screenshots da pasta temporária para o Pendrive

Lembre-se: — As pastas que você vê, enquanto roda a partir de um Live DVD, — Documentos, Downloads, Imagens, Música, Vídeos etc., — são voláteis. Elas só existem na memória volátil, e vão desaparecer assim que você reiniciar o computador.

Copiei no Pendrive, apenas para teste. A finalidade desses prints era colocar aqui no Byteria, — que já seria backup suficiente, até reentrar no Kubuntu, no Mint ou no Windows, e baixar lá.

Configurações de teclado em Português, para todos os gostos

Teclado e fuso horário — A escolha do Português Brasileiro (PT-BR), lá na entrada do Live DVD, serviu apenas para traduzir algumas coisas, — como a pergunta inicial, — Experimentar ou Instalar?

Logo que tentei digitar a primeira palavra no Facebook, descobri que o teclado estava em inglês (EN), e não havia outra opção. Então, cliquei em “Text Entry Settings”, e cheguei ao diálogo sobre o assunto.

Caixa de diálogo de configuração de teclado, vulgo “Text Entry Settings”

Adicionei PT-BR, na caixa de diálogo, e fiquei meia hora procurando um lugar para clicar Ok. Depois de alguns minutos apalermado, percebi que a mudança é feita lá mesmo, na barra superior do Ubuntu, no alto, à direita, onde aparecia “EN”, — agora que já havia usado a caixa de diálogo para adicionar a opção PT-BR. Dâââ…

Mais meia hora procurando como fechar a caixa de diálogo, pra esse trem sumir da minha frente, — ainda não me acostumei a encontrar o “x” de fechar do lado esquerdo. Acho que no Kubuntu, no Debian “puro”, no Mint, não é assim. — Mas, tenho esperança de que o Ubuntu permita configurar isso melhor, — bem como, a localização da barra lá no alto, e essa coluna esquisita do lado esquerdo, que pode ser boa para quem usa monitor wide (horizontal), mas não para quem usa monitor no velho formato retangular.

Também não se iluda com a hora exibida na barra superior, — está no horário de Londres (GMT). — Como os primeiros PrintScreen foram salvos em hora GMT, achei melhor deixar como está, para não bagunçar a ordem cronológica desses arquivos.

Ubuntu Software Center, para instalar o Gimp

Não veio o Gimp, — o substituto do Photoshop! — Achei isso chato, mas não foi tão difícil instalar, para o caso de querer recortar algum screenshot. O instalador de programas, — Ubuntu Software Center, — é um dos ícones na coluna à esquerda da tela.

A instalação do Gimp começou às 7h28 e terminou às 7h39, horário de Brasília (GMT-0300).

Gimp instalado no Kubuntu, rodando a partir do Live DVD

É uma instalação volátil, como já foi dito. Só existe na memória do computador, — até ele ser reiniciado. — Acabei usando apenas para cortar alguns screenshots feitos ontem, mas serviu de teste.

Até 12h40, trabalhei, — entre outras coisas, — no registro da migração do Kubuntu 12.04 para o 14.04, e fui tratar de almoçar.

À tarde, fiz mais algumas coisas, e fiz este registro sobre o download e teste do Ubuntu Live DVD, — concluído às 17h53, — com mais alguns screenshots.

i386 ou amd64 ?


Uma coisa que já me vem me queimando os miolos ao longo dos últimos anos, é a dúvida cruel sobre qual Ubuntu, Kubuntu, Mint, Debian etc. baixar. Já li dúzias de artigos, tutoriais, FAQs, consultório sentimental, e cada um diz uma coisa.

O óbvio, é que só em 64 bits é possível reconhecer os 4 Giga de memória RAM que tenho instalados. — Mas, já vi muito conselho para evitar, porque alguns programas não são feitos para isso, ou se sentem desambientados, sei lá que mais. Como também já li que, a essa altura do campeonato, tudo já estaria adaptado aos 64 bits. — E até, que tanto faz, devido à flexibilidade da cauda do jacaré.

Olhando o caixote de imagens baixadas até hoje, encontro Live CDs e DVDs, de todas essas distribuições (entre outras!), ora em versão i386, ora amd64.

Hoje, finalmente, descobri o quê tem me orientado, na prática:

O site do Ubuntu já me apresenta, de cara, a opção 64-bit, — não sei se por padrão, ou porque verificou qual o meu computador, — e, se procuro ver que outras opções existem, 32-bit aparece com uma clara indicação de que é recomendado somente para máquinas com menos de 2 GB de memória RAM.

Senti firmeza!

Procurando muito, mas muito mesmo!, por uma página mais complicada, encontro isso:

PC (Intel x86) desktop image
    For almost all PCs. This includes most machines with Intel/AMD/etc type processors and almost all computers that run Microsoft Windows, as well as newer Apple Macintosh systems based on Intel processors. Choose this if you are at all unsure.

64-bit PC (AMD64) desktop image

    Choose this to take full advantage of computers based on the AMD64 or EM64T architecture (e.g., Athlon64, Opteron, EM64T Xeon, Core 2). If you have a non-64-bit processor made by AMD, or if you need full support for 32-bit code, use the Intel x86 images instead.

Ou seja, i386 roda quase que em qualquer calhambeque, — e, se você não se sente seguro, embarque nele, — ao passo que o amd64 lhe permite usufruir as vantagens completas de máquinas mais modernas.

O site do Kubuntu adota uma atitude diametralmente oposta: — Ele oferece primeiro a versão i386 — e recomenda!, — e só depois a versão amd64, — que fica com cara de, “por sua conta e risco”, ou tipo isso.

Eis por que o Kubuntu instalado (e atualizado ontem) é i386 32-bit: — porque a turma lá não quer se complicar; — ao passo que o Debian, o Mint, e agora o Ubuntu que estou usando desde cedo, carregado a partir de um Live DVD, são todos “amd64”.

Como nenhuma dessas versões 64-bit jamais me deu problema algum, é hora de esquecer o conselho medroso do site Kubuntu.

E aí está mais um motivo para substituir o Kubuntu, — apesar do upgrade feito ontem, — pelo Ubuntu.

É só escolher uma hora de folga, e clicar em “Install” — o segundo ícone da coluna à esquerda, começando lá de cima.

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Kubuntu



Testes de trabalho em “Live USB”


Migrando do Kubuntu 12.04 para 14.04 num domingão

Obtenção do Ubuntu Desktop 14.04 LTS

Não havia necessidade alguma de abandonar agora o Kubuntu 12.04.

Como ele é “LTS”, — “Long Term Service”, — veio com direito a 5 anos de segurança, manutenção e atualizações.

E como foi lançado em Abril de 2012, — daí, o “12.04”, — terá todo suporte + atualizações até 2017.

Essa “longa duração” é uma mão-na-roda para quem precisa manter o ritmo de “produção”, com o mínimo de “investimento” em frequentes “curvas de aprendizado”. Você se familiariza com o sistema, — ou, contrata treinamento para todo o pessoal de sua empresa, — e vive feliz durante uns 5 anos.

Mas, o bicho-fuçador ataca outra vez, e você não resiste a baixar uma novidade, só para “ver como é”. — E, afinal, o 14.04 também é LTS, também terá 5 anos de suporte e atualizações…

Como tudo que não foi pensado, — apenas, aproveita o domingão para fazer alguma coisa fora do roteiro, — você vai se divertindo, livre da “ditadura” da racionalidade.

Foi assim que no Domingo, 24 Ago. 2014, andando sem rumo definido, vim a entrar no www.ubuntu.org e, lá pelas 14h02, descobri que o Ubuntu 14.04 também era LTS, e resolvi baixar a imagem ISO do “Live CD”, — aliás, DVD, já que tem 1 GB.

Só para lembrar:  — o “Live CD” permite iniciar o computador a partir dele, e usar um novo sistema Linux, sem alterar nada no computador: — Você experimenta o novo sistema, usa quanto tempo quiser, testa tudo que tem direito. — No final, você “pede pra sair”, ele ejeta a bandeja, você retira o “Live CD”, e volta ao sistema que já tinha antes.

Um caminho mais “fácil”: — upgrade direto do 12.04 para o 14.04, sem parar de passear


Continuei fuçando por ali, — o download prometia demorar 2 horas, pela estreita banda larga em uso, — e após meia hora descobri a opção de fazer o upgrade direto do 12.04 para o 14.04, sem parar de navegar e fazer outras coisas no computador, enquanto isso.

Instruções para o upgrade direto do Ubuntu 13.10 para o 14.04


Procurei saber os detalhes, — que, evidentemente tratei de não ler. — Às 14h27, suspendi o download da imagem ISO e acionei o Alt-F2 para abrir o “update manager”.

Migração direta do Kubuntu 12.04 para o 14.04
Era uma mensagem, — que já vinha ignorando, há semanas ou meses, — de que havia uma nova versão disponível etc., com direito a um “clique aqui” para iniciar o upgrade.

Cliquei, sem susto, dada a confiança que o Linux, em geral, — e o Ubuntu, em especial, — já me transmitiu ao longo de vários anos:

— Os processos de instalação, atualização etc. são organizados, lógicos, checados por milhares de desenvolvedores e centenas de milhares de usuários ao redor do planeta, — e dão certo.

Não trazem armadilhas escondidas, para te enrascar, e assacar seu bolso.

É feito para funcionar, — e nada mais.

A partir daí, abriu-se uma janelinha de “Atualização de distribuição”, no canto da tela, com o roteiro do que viria pela frente.

Desabilitação de softwares “não-livres”
A “preparação para atualizar”, — pelo que sei agora, — verificou todos os programas que já adicionei ao Kubuntu 14.04, desde o ano retrasado.

Todos eles foram mantidos — e atualizados — para o Kubuntu 14.04, com exceção, apenas, de alguns “softwares de terceiros”, “não-livres”, e que não fazem parte dos repositórios do Linux.

Sendo softwares “proprietários”, — caixas-pretas cercadas de segredo, — a “comunidade de código aberto” não teria como garantir a compatibilidade, no processo de migração.

Daí, por que o “tempo estimado” ameaçava ser de 3 a 4 horas: — Não se tratava apenas de baixar e instalar tudo que vem no “Live DVD” do Ubuntu 14.04, mas, também, baixar e instalar inúmeros outros softwares que vim adicionando desde 2012.

Novos repositórios de sotware, compatíveis com o 14.04
E, de fato, o processo todo durou umas 5 horas, — até 19h20, — porém, sem perda de velocidade para navegar, pesquisar novos softwares, ler e responder emails, conversar e compartilhar no Facebook.

Nada de “perder 5 horas”, portanto.

A única coisa que fiquei impedido de fazer, era a instalação de um novo software para edição de sites, — o BlueGriffon, descoberto no meio do processo.

O motivo é simples, — e absolutamente lógico: — Não era hora de fazer uma outra alteração paralela, no sistema, e que poderia criar conflitos com o processo de upgrade geral em andamento.

Por exemplo:  — De qual “repositório” iria baixar aquele novo software? — Das “fontes” do 12.04, que estava rodando no momento, ou das “fontes” do 14.04, em pleno processo de instalação?

Aviso ao iniciar a atualização: não poderá ser interrompida
Por esse motivo, aliás, toda alteração no “sistema” exige senha de “Administrador”, — e esta senha só pode ser utilizada para 1 processo de cada vez.

Lógica, dinheiro e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Lá pelas tantas, enfim, o roteiro da janelinha chegou ao terceiro passo, — obter os novos pacotes de software, — e abriu uma sub-janela anunciando que o processo implicaria em remover 34 pacotes antigos, instalar 661 pacotes novos, atualizar 1.773 pacotes, num download total de 1.426 MB, com duração de quase 2 horas — e, depois de iniciado, não poderia mais ser… etc.

Ok. Iniciar a atualização.

O que não li


Como disse antes, ao descobrir esse caminho de upgrade direto, não li as “upgrade notes”, nem as “release notes”.

Também vi, em algum lugar, uma recomendação de fazer backup, — coisa que, evidentemente, também não fiz.

Não resultou em nenhum desastre, pelo que vi até agora, — mas, atenção! — Não tente repetir esse tipo de imprudência, sem a supervisão de um adulto irresponsável.

Configurações — manter ou atualizar?


No quarto passo do roteiro da janelinha de upgrade, várias vezes o processo parou e perguntou se eu queria instalar uma atualização de certos arquivos de configuração, — sempre avisando que a atualização implicaria em perder alguma alteração que tivesse feito, — e oferecendo a visualização dos dois arquivos, para comparar e decidir.

Na primeira vez, me atrapalhei tentando salvar um Print da tela e, — sem querer, apertei Esc, em vez de apenas arrastar a sub-janela superposta para liberar a visão da janelinha de upgrade.

O processo simplesmente prosseguiu, — e nunca mais vou saber se “aceitei” ou se “descartei” aquela atualização. Nem lembro do quê se tratava.

Em todos os outros casos, mandei atualizar, por falta de disposição para cansar os neurônios, coitados. Ninguém merece, comparar 2 sopas-de-letrinhas, num domingão.

Parece que não foi nada muito grave.

Percebi que o LibreOffice não está “personalizado”, como antes, — coisa que tinha dado bastante trabalho, — mas pode ser que não tenha relação direta com aquele vacilo.

E “misturar” Ubuntu / Kubuntu não dá curto circuito?


Não, não explode nem dá câncer.

Na verdade, sempre existe alguma mistura — quando você instala o Gimp (Gnome) no Kubuntu, por exemplo, — ou, quando instala o K3b (KDE) no Ubuntu.

Também pode instalar o KDE inteiro no Ubuntu, ou o Gnome inteiro no Kubuntu, — e, toda vez que vai entrar, opta por usar um ou outro “ambiente”. Já fiz isso, sem problema. Apenas, não vi vantagem para o dia-a-dia, e não tornei a fazer isso nas instalações posteriores.

Vantagem mais palpável, é optar pelo Lubuntu (Lxde), — mais rápido, leve (“light”) e econômico de energia, — para um Notebook, por exemplo.

Ou, optar pelo Ubuntu Studio, — imagino que seja o sucessor do antigo Medibuntu, — quando se trabalha com mídia.

Mas, no caso upgrade relatado acima, a “mistura” é só aparente.

Estava no site do Ubuntu para baixar uma imagem ISO, — coisa que não afetaria em nada o Kubuntu já instalado, — mas, quando optei pelo upgrade, apertei Alt-F2 no Kubuntu existente, e foi ele quem conduziu todo o processo.

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Kubuntu



Testes de trabalho em “Live USB”