Quase um minuto de tortura, para compartilhar publicação de “Página” do Facebook |
Não faz diferença, se a “Página” no Facebook é sua, de uma multinacional, ou de uma instituição de caridade.
Também parece não fazer diferença, se a “Página” é de direita ou de esquerda, — contra, a favor, — ou muito pelo contrário.
Visitar qualquer “Página” no Facebook sobrecarrega a CPU do computador, — até a simples rolagem para baixo pode ficar lenta, “engasgar”, travar por vários segundos, — a depender do seu hardware e/ou sistema operacional.
Os re-compartilhamentos podem se tornar uma tortura, — demorados, devagar-quase-travando, — e isso pode ser um dos fatores que vêm limitando cada vez mais o “alcance” das “Páginas”, na medida em que a experiência desestimule um grande número de usuários a navegar nelas e/ou compartilhá-las.
Isso não acontece quando se navega no “Feed de notícias, nem nos “Perfis pessoais”, nem nos “Grupos” do Facebook, — pelo menos, não na mesma proporção.
Por isso, este relato refere-se unicamente às “Páginas”, — dotadas de uma série de recursos para acompanhamento do “alcance”, — e sistematicamente instadas a pagar para obter melhores resultados.
(*) O teste foi feito com 4 GiB de Memória RAM, — porém menos de 2 GiB RAM livres. ••• (ver “Parâmetros do teste”, adiante). ••• No entanto, o problema também ocorre com alguns sistemas instalados no HDD.
Abril de 2019 - Este problema simplesmente deixou de existir, de uma hora para outra, no KDE Neon, Mageia, Kubuntu, openSUSE Leap, PCLinuxOS, Mint, Slackware, Arch, Sabayon, Devuan, — sem qualquer alteração no hardware (nem no software do Slackware). — Neste momento, persiste apenas no Debian (que foi um dos primeiros vitimados, em 2015 ou pouco antes).
Detalhes do início e fim de um compartilhamento de “Página” no Facebook: 51 segundos |
O quadro acima detalha o momento em que já foi clicada a opção “Compartilhar”, às 22:22:20; — e o momento em que finalmente o Facebook começa a exibir o aviso de que o compartilhamento foi concluído, às 22:23:11.
Dois instantes separados por nada menos que 51 segundos, — e que não abrangem o tempo total do processo.
Na barra do Conky (à esquerda da tela), estão apontados os gráficos indicativos do “consumo” de CPU, — praticamente 100% da CPU1 e da CPU2 (Core0 e Core1), nas fases mais “travadas” do re-compartilhamento.
As barras mais finas, logo a seguir, indicam o uso total de CPU (centralizada), a ocupação de Memória RAM e o uso de Memória Swap (alinhadas à direita).
A temperatura do primeiro “núcleo” da CPU (Core0) eleva-se a 58ºC, e a do Core1 chega a 56ºC, — contra 44ºC, na maioria das outras atividades, neste computador. ••• (ver “Parâmetros do teste”, adiante). •••
Nos gráficos “Down” e “Up” (mais abaixo), fica evidenciado que não ocorre nenhum tráfego intenso de dados pela rede, — muito pouco utilizada.
De fato, não há quase nada a enviar ou receber pela internet, — exceto “instruções” muito simples, de poucos bytes. — O que está “lá”, continua lá; — e o que já está “aqui”, continua aqui.
Em resumo, o processamento exigido das máquinas, — rapidíssimas, — do Facebook envolve apenas coisas como acrescentar uma linha de informações em um banco de dados, apontando para o seu “Perfil” (exibir), data e hora (para compor o link) etc., — e mais um link para a postagem original de quem havia compartilhado antes (no caso, uma “Página”).
Na medida em que se usa o máximo de recursos do computador do usuário, — com quê?, — ganha-se um tempo descomunal, — do ponto de vista das máquinas (rapidíssimas) do FB, que desse modo não precisam crescer tanto (menos investimento) para cumprir essas tarefas simples, na mesma velocidade de alguns anos atrás, — quando começou a ser intensificado o processo de “monetização” do Face.
Apenas 11 segundos para compartilhar uma postagem encontrada no “Feed de notícias” |
Em comparação, percorrer um “Perfil” (pessoal), — ou o “Feed de notícias” (geral), — ou as postagens em um “Grupo”, — é leve como uma pluma. — A rolagem é rápida e suave, com um “consumo” bem menor de CPU, — e um re-compartilhamento se completa cerca de 5 vezes mais rápido.
Só que, se ficar na dependência do “Feed de notícias”, você não tem o menor controle do que lhe será exibido. — Depende de uma infinidade de “interações”, segundo “algoritmos” que não se sabe muito bem como funcionam.
O mundo pode acabar, — e você só ver a notícia 3 dias depois, ou na semana seguinte. — Ou nunca.
Também poderá ver diversos convites para eventos encerrados na véspera, — se alguém ainda clicar “Like”, comentar etc., — movido por outro amigo que também clicou “Like” com atraso, — e assim por diante.
Teoricamente, os “algoritmos” teriam “detectado” que os cliques daquelas pessoas são “importantes” para você. É assim que “funciona” (em tese, pelo menos). Bem-vindo à era da “inteligência artificial”, — mas pode chamar de “inteligência rara”.
Se quiser ter alguma certeza de se manter informado, deve anotar ½ dúzia de “Páginas” que considera fundamentais, — e preparar-se para enfrentar o elevado “consumo” de CPU, ao visitá-las, uma ou várias vezes ao dia. — Repita mentalmente: “Sim! Eu consigo!”
Claro, existem algumas “ferramentas”. — Ao “curtir” uma página, que considera fundamental para se manter informado, você também pode:
- [a] Pedir para “Receber notificações”
- [b] Pedir para “Ver primeiro” (em seu “Feed de notícias”)
- [c] Curtir, comentar e compartilhar bastante, para o FB “entender” que você tem interesse
- …
- [z] Todas as opções acima.
Infelizmente, a experiência tem mostrado que a soma de tudo isso ainda é insuficiente, — um belo dia, você descobre que tal “Página” publicou uma notícia fundamental (uma semana antes!)… e só agora, aquilo lhe foi mostrado (por puro acaso, provavelmente).
O mais comum, — ao entrar no Facebook, — é que lhe sejam mostradas ½ dúzia de postagens com 16 a 24 horas de atraso (ou mais).
Uma espécie de “mexido de sobras da véspera”, que já estava na memória “cache” do FB, para ser “servido rápido”, — mesmo que você opte por “Ver as histórias mais recentes”. — Pouca coisa realmente nova aparece, de fato, hora após hora.
Depois de compartilhar 20 postagens, uma ida ao “Feed de notícias” lhe mostrará essas mesmas 20 postagens (feitas por você e por amigos seus), — entremeadas com ½ dúzia de outras coisas, em geral de pouco interesse, — apesar do aceno de que os “algoritmos” saberiam selecionar o que lhe interessa.
Essa estagnação do “Feed de notícias” vem se intensificando, já há alguns anos, — em especial, desde quando o Facebook decidiu incrementar seu retorno financeiro, — e veio acompanhado de uma “economia de recursos”.
Assim, o Face reduz seu próprio consumo de “banda”, realiza (proporcionalmente) cada vez menos acessos aos seus próprios “bancos de dados” (economiza “máquina”), — em relação ao que seria necessário para, de fato, lhe mostrar o que acontece, em tempo real, — enquanto o número de usuários inscritos aumenta cada vez mais, e explode o volume de postagens.
Em troca, — “consome” cada vez mais “recursos” do computador do usuário, — dando cada vez mais fôlego para os computadores do FB realizarem o mesmo que, alguns anos atrás, faziam numa fração desse tempo.
Uns 5 ou 6 anos atrás, os experts estimavam que apenas 16% de suas postagens, — de “Perfil” (pessoal), — eram de fato exibidas aos seus amigos, — e vice-versa.
Mas isso já vinha se reduzindo rapidamente (desde um pouco antes, pelo menos), — e no caso das “Páginas”, provavelmente o alcance “normal”, hoje, seja inúmeras vezes menor.
Crie uma “Página” no Facebook, e seja assediado para que ela não seja escondida, até, de quem a segue |
Quanto ao “consumo” proibitivo de CPU, a conclusão poderia ser que “Página” do Facebook não é para amadores, — a justificar pela oferta de uma soma excepcional de “recursos” adicionais etc.
Mas também pode ser, muito simplesmente, a de que “Páginas” têm de pagar ao Facebook, para obter “alcance”, — e dificilmente pagariam (no volume desejado), se o “alcance” ocorresse “naturalmente”, bastando muitas pessoas curtirem as “Páginas” (para seguir), re-compartilharem, comentarem etc., — e isso, automaticamente, transbordasse para os amigos dessas pessoas, numa progressão geométrica.
Para “estimular” a compra de “alcance”, é necessário que, — no caso das “Páginas”, — o alcance não decorra “naturalmente”, das interações espontâneas, — como prometiam os “algoritmos”.
E a sobrecarga, com lentidão seletiva, — quando se visitam “Páginas”, — leva seus “seguidores” a enjoarem da experiência, afastando-se delas, inconscientemente.
Afinal, é muito mais “gratificante” ficar no “Feed de notícias”, — ou nos “Grupos”, — ou nos “Perfis” (pessoais) dos amigos, — onde tudo flui bem melhor.
É só publicar numa “Página”, e… pipocam assédios |
Fato é que o feliz proprietário de uma “Página” no Facebook recebe um bombardeio de ofertas para “promover” suas postagens, para aumentar seu “alcance”, e assim por diante.
Não faz diferença, se a “Página” visa lucros, — ou apenas suspirar por bichinhos fofinhos. — Se é “Página”… passe no Caixa.
••• Parâmetros do teste
Hardware e variáveis iniciais da sessão Live USB (Pendrive) |
O computador utilizado nessa “investigação”, — processador Intel Core2 Duo 2,66 MHz, 4 GiB RAM (256 MB para vídeo “onboard”), — costumava enfrentar galhardamente essa sobrecarga imposta pelo Facebook, desde 2010, pelo menos, usando Windows XP, Kubuntu e Linux Mint Cinnamon, instalados até o início de 2016.
É verdade que algum grau de lentidão, “meia-trava” e outros problemas com Facebook, — tanto no Chrome (Windows), quanto no Chromium (Linux) e no Firefox, — vêm sendo observados de longa data, com tendência crescente, nos últimos anos.
Ao longo desse tempo, houve diversos momentos em que o re-compartilhamento de postagens de “Páginas” chegou a ser bem mais demorado do que é hoje, — ao sabor das “novidades” que são testadas, quase que diariamente, pelo Facebook, e depois “corrigidas” ou abandonadas. — Em geral, tais dificuldades não ocorrem com frequência, e duram poucas horas, no máximo alguns dias.
Essa constante experimentação de “novidades”, pelo Facebook, foi um dos motivos que aceleraram a eliminação do Windows XP, — já sem suporte, para lidar com a evolução dos códigos usados pelo FB para disparar “eventos” no computador do usuário.
Nesse aspecto, a atualização diária dos sistemas Linux instalados, — Kubuntu, Linux Mint, KDE Neon, Debian, — faz com que continuem enfrentando bem (em graus variáveis) o recurso “Páginas” do Facebook.
Quadro comparativo da capacidade de diferentes Linux instalados, para enfrentar “Páginas” do Facebook |
• Observações posteriores, — em 8 sistemas Linux instalados em HDD, e no Knoppix instalado em Pendrive de 16 GB com arquivo de Persistência, — indicam graus extremamente variáveis de capacidade para enfrentar o recurso “Páginas” do Facebook. — Ao que parece, a presença de Flash (para rodar qualquer tipo de vídeo) não tem relação direta com o desempenho [5 Fev. 2017].
O monitoramento do hardware e do sistema, — pelo Conky, Psensor, KSysguard, — é bem mais recente.
Começou em fins de Novembro 2015, quando o hardware apresentou aquecimento incomum, — em especial, no Facebook e no Youtube, — o que foi solucionado pela limpeza do cooler.
Esse monitoramento veio-se ampliando ao longo de 2016, quando passaram a ser feitos “testes de trabalho em Live USB”, — alguns, com duração de vários dias seguidos, sem desligamento da máquina.
Já os “testes de trabalho em Live USB”, — sistemas Linux carregados a partir do Pendrive (sem instalar), para verificar sua produtividade no trabalho regular, — nem sempre lidam tão bem com o Facebook.
Um dos motivos é que o sistema operacional, — por não estar instalado no HDD, — precisa ocupar uma parte considerável da Memória RAM.
Porém, nunca antes a situação chegou a um ponto tão crítico, — até o teste do Linux Mint 18 “Sarah” KDE (released), — o que motivou uma “investigação” mais detalhada do fenômeno.
E foi só então, — apesar de todas as observações anteriores, — que ficou evidenciada a concentração do problema nas “Páginas”, — entre todas as facetas com que se apresenta o Face.
Dados do computador e da sessão Live USB, carregada e configurada na parte da tarde |
Estes dados, portanto, são excepcionais, — ampliados e evidenciados pelo fato de estar “rodando” um sistema operacional a partir do Pendrive (sessão “Live USB”), — o que reduz a Memória RAM livre, já que o “sistema” não está instalado no HDD.
Enfim, as observações foram feitas no Chromium, — um navegador relativamente “pesado”, — “instalado” na Memória RAM, uma vez que não faz parte do “Live DVD” do Linux Mint 18 “Sarah” KDE (released).
No entanto, o Firefox, — aliás, “Iceweasel”, que já vem “instalado” na maioria das imagens ISO do Linux, — não costuma oferecer melhor desempenho em sessão “Live USB”, quando se trata do Facebook.
Iceweasel vitimado pelo Facebook no teste Live USB do Debian 8.4 |
No teste Live USB do Debian 8.3, por exemplo, após algum tempo de navegação no Facebook, as “camadas” (layers) de notificações, compartilhamento etc. começaram a aparecer “pretas”, inviabilizando qualquer ação, — e a partir de certo momento, todas as demais janelas (minimizadas), ao serem restauradas, também passaram a vir “pretas”. Por fim, o Menu abriu transparente, — sem nada.
O problema com o Iceweasel / Firefox se repetiu, — e foi um pouco mais bem documentado, — meses depois, ao testar em Live USB o Debian 8.4.
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Postagem publicada inicialmente às 20:41 do Sáb., 10 Set. 2016, no Linux Mint 18 “Sarah” KDE (released), rodando em sessão Live USB (a partir do Pendrive); — e detalhada e ampliada até 16 Set. 2016.
• Atualizado em 5 Fev. 2017, com observações em 8 sistemas Linux instalados em HDD, e no Knoppix em Pendrive de 16 GB com arquivo de Persistência.
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