Brasileiros afetados pelo apagão do Facebook no Brasil, em Tókio, na Cidade do México, no Peru... |
Uma brincadeira cruel, mais velha que o neoliberalismo, era perguntar a um colega em véspera de sair de férias:
— E se o patrão descobrir que você não faz falta?
No planeta hispânico |
Quase não encontro notícia, análise, informações.
No Extremo Oriente |
Minha primeira pergunta, cá com meus botões, é: — Será que não fez falta?
No próprio Facebook, no dia seguinte, — e hoje até agora, — não vi ninguém comentar nada.
Reclame de uma rede social, na outra, e leve uma pedrada grátis |
Na hora, vi gente no Twitter criticando quem falava do apagão do Facebook, — como se fossem “outra turma”, tipo, “agora vocês vêm reclamar aqui”. — E também vi pessoas dizendo que o importante era WhatsApp, Instagram e Twitter não caírem. Tradução: muita gente não estava nem aí para o problema no Facebook.
Hipótese: — Será que o Facebook já se tornou tão substituível, para a maioria dos usuários brasileiros?
Tipo, “falhou, vou pra outra”?
Não sei que língua é essa. Só sei que no Brasil estava exatamente assim: entrava, mas não funfava. |
Bom, eu mesmo, quando vi a página demorando a carregar, simplesmente prossegui com outras coisas, e voltei cerca de uma hora depois. Às vezes passo o dia inteiro longe do Facebook, para poder me concentrar em alguma tarefa. Esse tipo de apagão é muito produtivo.
Em algum lugar no planeta hispânico. |
Uma busca por “brasil maior usuario facebook” apresenta, de imediato, dúzias de “notícias” — como as de um ano atrás (30 Jul. 2013), de que o Brasil já tinha 76 milhões de usuários registrados no Facebook. Ou as notícias de dois meses antes (Mai. 2013), de que o Brasil já era o segundo maior usuário do Facebook.
Abundam notícias do apagão anterior do Facebook, publicadas no período de 19 a 22 Jun. 2014. Ocorreu de madrugada, tipo 4h55, a maioria dos brasileiros nem percebeu, — mas a imprensa mundial noticiou, a Forbes estimou prejuízos estrondosos para milhares de empresas, — e foi manchete na mídia brasileira.
O feed do Facebook em PCs no Brasil: entrava, mas não funfava. |
Hipótese: — A mídia brasileira só dá a notícia, quando a notícia já vem pronta, lá de fora.
Na Tailândia, creio eu. |
Hipótese: — O que de fato preocupa os usuários, nessa hora, é o medo de ter sido hackeado (“raquiado”), invadido, infectado, contaminado. — Fora disso, temos boas opções. Tipo, Facebook não é o único.
Pedidos de ajuda por toda parte. Acalmando o pânico: “Fica tranquilo”. |
Vejamos o que pude encontrar no “noticiário”, propriamente dito, sem gastar mais do que algumas horas tentando.
Info Exame: — “instabilidade de acesso para alguns usuários”. Facebook não disse nada, então não há novidades. |
Info Exame (Abril) apresenta uma notinha burocrática, datada de 16/07/2014 09h41. Segundo o título da notinha, o Facebook ficou “fora do ar para alguns usuários”. Um atendente de telemarketing não faria melhor. A “instabilidade” teria ocorrido, supostamente, “por volta das 23h”. Mas, como o próprio Facebook “não divulgou a causa do problema”, Info Exame também não foi além: — “Não há novidades divulgadas pela empresa em seus perfis oficiais no Twitter, Facebook ou em seu blog”. Info Exame não “sabe”, sequer, se o problema se limitou ao Brasil ou se foi mais amplo.
Hipótese: — Se o Facebook publicasse qualquer explicação ou pedido de desculpas, o apagão seria manchete. Fazendo-se de morto, fica o dito pelo não dito. Falta verba, falta competência para ir à luta, pesquisar e registrar um fato relevante.
Nada na Folha Tec. (Nem na Folha como um todo). |
No site da Folha de S. Paulo, os 25 primeiros resultados da busca por “facebook”, hoje (17/07/14 14:11:26), cobrem desde o dia 14, véspera do apagão do Facebook. Tem de tudo um pouco, — artistas, fofocas, futebol etc., — menos o apagão do Facebook.
Ironia: — No dia 15, Manual do Usuário comenta o “Fim do caderno Tec, da Folha”, anunciado no dia 11, para 21 Jul. 2014. Rodrigo Ghedin resume os comentários que rolam na web: — “já tinha ido e esquecera de cair”.
Uma pesquisa por “facebook” no Folha Tec, até o meio-dia de 17 Julho também não indicava nenhuma notícia do apagão do Facebook dois dias antes. A notícia mais recente, do dia 15, era espetacular. Dizia que Microsoft “deve” ultrapassar Yahoo, tornando-se a “terceira maior” do mercado publicitário global. A disputa, para quem curte detalhes, é de 2,54% versus 2,52%. (Google tem 31,54%, e o Facebook 7,8%). A notícia anterior, do dia 14, “requentava” o fato de que, desde 2012, o usuário tem a opção de baixar seus dados do Facebook.
O Folha Tec encerra suas atividades porque, — segundo a própria Folha, — não conseguia mais captar anúncios, apesar de a tecnologia andar cada vez mais trepidante nesse mundo.
Pedidos de ajuda em foruns do outro lado do planeta. |
De relevante, encontrei duas notícias n’A Tribuna, de Santos, SP:
A nota “Facebook enfrenta apagão e usuários só conseguem usar chat” (15 Jul. 2014 23h19, atualizado às 07h26) registra que a falha impedia a visualização do feed de notícias do Facebook (o que era verdade para usuários de computador). “Segundo os usuários”, a falha teria começado por volta das 22h, e por volta das 23h30 a situação voltou ao normal.
Já a notícia “Após apagão no Facebook, especialista alerta: – Estamos dependentes do ambiente on-line” (16 Jul. 2014 18h23) observa que o Facebook se tornou ferramenta essencial, não só para as pessoas, como para as empresas. Corrige o início do apagão para as 21h; e registra o logoff dos usuários de smartphone. “Procurada durante todo o dia, a assessoria de imprensa do Facebook não divulgou a causa do problema”.
Humor Engraçado: a única postagem noticiando o apagão do Facebook, logo em seguida. E não é piada. |
Enfim, publicado “no calor dos acontecimentos”, — além d’A Tribuna, — só encontrei um post do Humor Engraçado. Não tem data, mas fala no “presente”, em pleno retorno gradual, seguro e lento do Facebook. O Google data a postagem do dia 16. Provavelmente, logo após a meia-noite do dia 15.
Não “vi” o apagão do Facebook começar. Tentei entrar mais tarde, talvez lá pelas 22h, mas, após uns 30 segundos sem carregar o feed, fechei a janela, e continuei fazendo outras coisas. Bem mais tarde, quando tentei de novo, percebi que se tratava de um problema duradouro. Entrei no Twitter e pesquisei “Facebook”. Havia uma avalanche de mensagens, de todas as partes do mundo: México, Chile, Brasil, Ásia, Extremo Oriente. Alguns afirmavam que o problema afetava o mundo inteiro, mas sem links.
O pico de usuários registrando falhas do Facebook no site “Caiu Tudo”, brasileiro. |
Um dos poucos links que rolavam, era o do “Caiu Tudo”, que registra falhas apontadas pelos usuários dos mais diversos serviços, inclusive o Facebook. O fato de, até então, desconhecer a existência deste site diz, no mínimo, que nem todo mundo o conhece ou vai lá registrar falhas. Além disso, é um site brasileiro, em português. Não consigo imaginar um chinês, um tailandês ou um indu, por exemplo, vindo a um site em PT-BR para registrar falhas do Facebook.
De fato, o mapa dinâmico das falhas registradas concentra-se no Sudeste do Brasil, com focos isolados em locais onde pode-se presumir que também haja um bom número de brasileiros — a cidade do México e Tóquio, por exemplo.
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