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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Instalando Debian Stretch (testing) ao lado do Kubuntu, Linux Mint e KDE Neon

Debian Testing (Stretch) em sessão Xfce

Instalar o Debian em um computador onde já existem outros sistemas Linux exige certos cuidados, — em especial, para não quebrar o Swap do Kubuntu, do Linux Mint, do KDE Neon etc.

Ao contrário do Kubuntu e do Linux Mint, — que há tempos compartilhavam a mesma (única) partição Swap, sem qualquer problema visível, — bastou instalar o Debian, para os outros três ficarem sem Swap.

O problema, — e o que fazer para evitá-lo ou corrigi-lo, — só foi detectado depois da 1ª instalação do Debian Testing (Stretch), em 2 Jun. 2016.

Em resumo, o Instalador do Debian havia alterado a identificação UUID da (única) partição Swap, — que, por isso, os demais sistemas não conseguiam mais encontrar e montar.

Uma solução imediata era muito fácil, — bastava copiar a nova identificação UUID no arquivo /etc/fstab do Debian, substituir a antiga nos arquivos /etc/fstab dos demais sistemas, — e esse recurso continuaria sendo usado por todos, em conjunto, tal como nos últimos 5 anos:

# swap was on /dev/sdb6 during installation
UUID=0227d515-a1d2-42b0-8cfd-37d8bc653b35 none

Porém, preferi implementar a solução mais correta, para ser “definitiva”: — Criar partições Swap exclusivas, para cada um dos 4 sistemas operacionais, — afinal, o objetivo do particionamento geral dos discos rígidos é permitir que qualquer um dos 4 Linux possa funcionar, e ser atualizado ou substituído a qualquer momento, ao longo de vários anos, sem gerar problemas, nem afetar o trabalho e as atividades pessoais.

Além disso, um dia posso querer experimentar as opções de “hibernar” ou “suspender”, p.ex., — e será bom ter partições Swap bem organizadas.


Cabe não esquecer que, — mesmo criando partições Swap exclusivas para cada Linux, — é necessário ficar atento, durante a instalação do Debian, — caso contrário, ele se apossará de todas as partições Swap, — e excluirá o acesso dos demais sistemas a este recurso.

Os outros sistemas, — ao serem instalados, — também costumam identificar e propor a formatação e montagem de todas as partições Swap encontradas.

Para manter a consistência de todos os sistemas, — embora Kubuntu, Linux Mint e KDE Neon não alterem a identidade UUID das partições preexistentes, — é necessário também não permitir que formatem e usem outras partições Swap, que não as destinadas a cada um deles.

Uma vez compreendido e solucionado o problema causado por aquela primeira instalação do Debian Testing (Stretch), todos poderiam viver felizes para sempre.

Mas, para conferir na prática, foi feita nova instalação do Debian Testing (Stretch), — agora, do modo correto, — em 11 Jun. 2016.

Gravação do Pendrive


Gravação do Pendrive de boot / instalação do Debian Testing (Stretch)

Desta vez, a gravação da imagem ISO no Pendrive deu ainda mais trabalho do que nas vezes anteriores, — nem mesmo o comando “dd foi capaz de lidar com a ISO do Debian Testing (Stretch), — e o que resolveu, depois de mais alguma pesquisa no site oficial, foi o comando “cp”:

cp /PATH/ISO /dev/sdX

No caso da primeira ISO, — CD-1 Xfce, — usada na instalação em 2 Jun. 2016:

cp /home/flavio/Downloads/Linux/debian-testing-amd64-xfce-CD-1.iso /dev/sdc

No caso da segunda ISO, — Net Install, — usada na instalação em 11 Jun. 2016:

cp /home/flavio/Downloads/Linux/debian-testing-amd64-i386-netinst.iso /dev/sdc

Não é exibida nenhuma indicação do andamento do processo, — exceto o LED do Pendrive piscando, — e ao final o prompt de comando é devolvido, sem apresentar nenhum informe do resultado.

Gravação da segunda imagem ISO no Pendrive, dentro do próprio Debian testing “Stretch”

Obs.: Embora o site oficial diga que é necessário fazer isso com o Pendrive desmontado, o que funcionou foi exatamente o contrário: — só com o Pendrive montado.

1ª instalação — Como não fazer


A primeira instalação transcorreu sem maiores percalços, — exceto que o Instalador não aceita deixar de “formatar” a partição onde o Debian será instalado.

Instalador do Debian dá opção de não formatar a partição, mas o “erro” é garantido, logo adiante

O Instalador até pergunta se você quer, mesmo, instalar sem “formatar” a partição-raiz, — você diz que sim, ele finge que aceita, — mas é garantido que dará “erro” logo adiante.

Nenhuma crise: — Ele oferece para voltar, te leva de novo à etapa do particionamento, você desiste de ser teimoso, e a vida segue em frente.

Autorizada a “formatação” da única partição Swap, que até então era compartilhada por vários Linux

No caso da (única) partição Swap, nem me preocupei, — ser detectada automaticamente é o normal, em qualquer instalação de um sistema Linux (entre os já experimentados!), — e sempre concordei que fosse “formatada”.

Para o Instalador do Debian, no entanto, “formatar” tem um sentido bastante radical, — não se trata apenas de apagar todos os dados da partição. — Ela é, literalmente, recriada, ou re-particionada. — O Rótulo (“Label”) desaparece, e até a identificação UUID é substituída por outra.

Tempos da instalação do Debian


Baixando fotos do WindowsPhone Nokia Lumia (WP8) por cabo USB no Debian Stretch KDE

Este Roteiro da 2ª instalação do Debian Testing (Stretch), em 11 Jun. 2016, foi levantado a partir das imagens feitas pelo Nokia Lumia, — hora, minuto, segundo, conforme os dados Exif de cada foto.

Renomear arquivos em massa no Debian Stretch Xfce, por data e hora em que cada foto foi tirada

Etapas preparatórias, — opções do usuário, particionamentos etc., — tiveram a duração de 46 minutos, das 11:40 às 12:26.

Etapa automática, — download, desempacotamento, gravação, configuração etc., — porém com novas pausas para opções adicionais do usuário, — teve a duração de 1h14min, das 12:26 às 13:40.

Tempo total: — 2h00min, das 11:40 às 13:40, — sem direito a sessão Live, nem “ambiente gráfico”, para navegar, pesquisar, consultar documentos no HD, tirar dúvidas etc.

Qualquer comparação com o tempo de outras instalações, — do Kubuntu, do Linux Mint, do KDE Neon, — deve considerar algumas características específicas desta instalação:

  1. A imagem ISO Debian Testing (Stretch) Net Install tem apenas 629 MiB, — portanto, traz apenas o essencial, — em comparação com 1,4 GiB da imagem ISO do Kubuntu 16.04; — 1,5 GiB da imagem ISO do Linux Mint 17.3 Cinnamon; — e cerca de 1,0 GiB da imagem ISO do KDE Neon User Edition.

  2. Teimosia do usuário em não querer “formatar” a partição do sistema (sda3), o que obrigou a voltar atrás e refazer esse passo (particionamento).

  3. Pausas para conferir as partições existentes, — o que acabou exigindo pesquisa no celular (fotos, web → Byteria).

  4. Maior tempo exigido para “editar”, — desmarcar uso e “formatação” de, — 6 das 8 novas partições Swap, — em comparação com apenas 1, que nas instalações anteriores não exigia qualquer ação.

  5. Inclusão de 6 “ambientes gráficos” completos: — Gnome, Xfce, KDE, Cinnamon, MATE, LXDE, — em comparação com apenas 1, em qualquer das instalações anteriores.

  6. Etapa adicional para escolha entre 3 gerenciadores de sessão, — gdm3, lightdm, sddm, — devido (talvez?) à instalação simultânea de vários “ambientes gráficos”.

Enfim, pode ter havido demoras por interrupção para fazer outra coisa qualquer, — tanto mais provável, quanto maior a duração total do processo de instalação.

2ª instalação - Roteiro completo


Menu inicial do Instalador do Debian Testing (Stretch)

11:40 - Menu do Net install.

11:43 - Idioma (PT-BR)

11:44 - Salva screenshots em /var/log/, — e ao final da instalação, leva para o /var/log/ da partição raiz, — mas ainda não descobri como obter acesso: — Não dá nem para visualizar, muito menos copiar ou mover essas capturas.

11:44 - País (Brasil).

11:44 - Teclado (PT-BR)

11:45 - Configura Rede: hostname.

11:45 - Configura Rede: domínio.

11:47 - Senha de Administrador (root).

11:48 - Nome completo de Usuário.

11:48 - ID de Usuário.

11:48 - Senha de Usuário.

11:49 - Relógio (Brasília, DF).

Opção de particionamento “manual”: com direito a escolhas bastante específicas

11:49 - Particionamento de discos: - Manual.

12:00 - Partições encontradas nos discos sda e sdb. — O primeiro passo foi escolher a partição “sda3” para instalar o sistema.

Mais uma vez, tentei não formatar a partição do sistema (raiz, root)

12:05 - Partição do sistema: — Sistema de arquivos ext4, ponto de montagem “/”, não formatar, “Finalizar configuração da partição”.

Conforme previsto foi tentativa inútil, — mais uma vez, deu “erro”, alguns minutos adiante.

É possível que, — acionando a opção “Apagar dados nesta partição”, — o Instalador não desse “erro” mais à frente, e não fosse necessário voltar atrás e aceitar “Formatar a partição”.

Porém, essa alternativa não foi investigada.

Instalador do Debian seleciona, por default, “formatartodas as partições Swap existentes

É necessário escolher e editar cada partição Swap que não deverá ser apropriada pelo Debian

Após editar cada partição Swap que não deve ser usada, “Finalizar a configuração da partição

Como o Debian é o terceiro Linux (Linux3), deverá usar apenas o terceiro Swap de cada disco (sda, sdb)

12:09 - O Debian escolhe todas as partições Swap que encontra, — e cabe ao usuário “editar” cada uma que não deve ser usada, por pertencerem aos demais sistemas instalados no computador.

Embora o Ubuntu (Kubuntu) e o Linux Mint não tenham o hábito de alterar o identificador UUID das partições Swap, o correto será fazer sempre o mesmo, em todas as instalações, daqui por diante: — Evitar que formatem as partições Swap dos demais.

Exato, — o Debian já chegou ensinando boas maneiras.

12:13 - Finalizar particionamento e gravar as mudanças nos discos.

12:13 - Apresenta as partições que serão formatadas. — Revise e clique para prosseguir, ou retroceda e corrija alguma coisa.

12:13 - Insiste em formatar partição do sistema.

12:15 - Erro.

12:17 - Torna a insistir em formatar partição do sistema.

12:17 - Retorna ao capítulo de particionamento. — Lembra opções anteriores, e não tenta se apossar novamente dos demais Swap. — Aliás, dá a entender que seus próprios Swap já foram “formatados”, e não se fala mais nisso.

12:18 - Ok, você venceu! Formatar partição do sistema (sda3).

Atualizando UUID na montagem automática de partições pelo Mint, após nova instalação do Debian Stretch

E, sim, mais uma vez o Instalador do Debian alterou o identificador UUID da partição sda3, — além de apagar o rótulo (label) “Tertius”, que teve de ser aplicado novamente, no outro dia, para manter a harmonia do conjunto.

12:18 - Finalizar particionamento e gravar em disco as alterações.

12:18 - Partições que serão “formatadas”: — Apenas sdb3 (a única que faltava).

12:22 - País, para selecionar repositórios (Brasil).

12:22 - Lista de repositórios no Brasil, para escolher.

12:22 - Proxy: — Deixado em branco, pois não se aplica ao caso específico deste computador “doméstico”.

12:24 - Pesquisa de popularidade de pacotes. — Autorizada captação de dados.

Instalação de pacotes agrupados por tarefa, — “Task selection” (Tasksel)

12:24 - Seleção de conjuntos de pacotes, por tipo de tarefa: — Ambientes gráficos, Servidor web, Astronomia, Educacional, Matemática, Ciências etc.

Pode ser rodado a qualquer momento, depois da instalação: — Basta chamar o “Tasksel” em um Terminal.

Pelo Synaptic, o mesmo recurso pode ser acessado em EditarMarcar pacotes por tarefas.

Selecionados todos os “ambientes gráficos” oferecidos: Gnome, Xfce, KDE, Cinnamon, MATE, LXDE

12:25 - Escolhidos ambientes Gnome, Xfce, KDE, Cinnamon, MATE, LXDE.

12:26 - Inicia fase automática da instalação (sem slideshow).

12:48 - Quase terminando a fase automática (faltam 24 segundos).

13:00 - Gerenciador de sessão: gdm3, lightdm, sddm.

13:35 - Instalar Grub?

13:38 - Escolher disco para instalação do Grub (sda).

13:40 - Configurar Relógio horário UTC (sistema traduzir em hora local).

13:40 - Instalação concluída.

13:40 - Retirar Pendrive para carregar o sistema instalado.

Menu “dualboot” do Grub: Debian, KDE Neon, (K)Ubuntu, Linux Mint

13:42 - Tela de menu dualboot do Grub.

Gerenciador de sessão — as opções estão na pequena roda dentada

13:43 - Tela do gerenciador de sessão.

13:46 - Xfce - Primeira vez que roda o Painel.

13:47 - Xfce - Salvar histórico?

14:08 - Edição do Painel 2 (inferior), com Menu sem "título".

17:26 - Configuração do Spectacle (já com wallpaper).

Múltiplos ambientes


A instalação de múltiplos “ambientes gráficos”, — Gnome, Xfce, KDE, Cinnamon, MATE, LXDE, — visa atender um antigo interesse em conhecer melhor cada um, — com a vantagem de ver todos funcionando sobre uma “base” (Debian Stretch) rigorosamente igual.

Já tinha ensaiado uma tentativa, bastante tímida, em 2009, — ao instalar KDE no Ubuntu 8.10. — Portanto, já sabia que o resultado poderia ser um pouco confuso, — anotações (e fotos) da época estão aqui para lembrar.

O conhecimento adquirido nesses 7 anos já permite distinguir muito bem, entre os vários “Gerenciador de arquivos”, ou os diversos “Terminal”, — mesmo que se apresentem no Menu por esses “nomes genéricos” repetidos.

O que ainda não tinha condições de perceber, na época, é o impacto de ter “múltiplos ambientes”, na hora de configurar o funcionamento do próprio “sistema”, — além do quê, a experiência com Kubuntu ou Linux Mint não prepara o usuário para lidar com o Debian.

A configuração do KDE para montagem automática de partições (“Dispositivos removíveis”) funciona com perfeição no Kubuntu e do KDE Neon, — porém, até agora, não fez nenhum efeito ao iniciar sessões KDE (ou Xfce) no Debian. — Seja porque a existência de vários ambientes remeta essa tarefa ao próprio Debian, seja porque no Debian isso não funcione do mesmo jeito que no Ubuntu. — Resta tentar a configuração utilizada no Linux Mint para montagem automática de partições, por meio de comandos específicos em “Aplicativos de sessão”.

Ambientes específicos


O primeiro “ambiente gráfico” a receber umas configurações iniciais, foi o Xfce, — e foi muito rápido, repetir o que havia acabado de aprender na instalação de 2 Jun. 2016.

Debian Testing (Stretch) em sessão KDE

Em princípio, o KDE e o Cinnamon, — já bastante conhecidos, pelo uso diário, — deveriam ficar para o final.

No entanto, a necessidade de fazer 2 relatos complexos, — Instalação do Debian Testing (Stretch) e Particionamento geral dos HDs para 4 Linux, em cima de um grande volume de fotos, prints e anotações, — acabou convencendo da conveniência de configurar logo, também, o KDE.

É um pouco exasperante, p.ex., tentar escrever no Xfce, sem dispor do acesso ao 3º nível do teclado (m³, km², → «2ª», “1º”), — o trabalho não anda. — E no entanto, tenho a impressão de que isso estava resolvido no Xfce… antes de estabelecer o acesso ao 3º nível também no KDE (terá sido só impressão?).

O clique único para abrir arquivos também já estava configurado no Xfce, — pelo menos, funcionava no gerenciador de arquivos do Xfce, — porém, depois de “salvar sessão” no KDE para “restaurar sessão salva”, agora é o Dolphin que abre ao iniciar uma sessão do Xfce.

Só que, o clique único funciona para abrir arquivos no Dolphin dentro do KDE, — mas não no Dolphin dentro do Xfce.

Comportamento intrigante, é o apresentado pelo “Monitor do sistema”, — gnome-system-monitor, configurado para abrir com cada sessão do Xfce, — depois, KSysguard, configurado para abrir com cada sessão KDE.

Não abre, automaticamente, nenhum dos dois, — nem ao iniciar sessão Xfce, nem ao iniciar sessão KDE.

Psensor mostrou-se um tremendo consumidor de CPU, — e causador de aquecimento acelerado, — no Xfce e no KDE. — Porém, bastava minimizá-lo, para isso parar de imediato. — E tornar a exibi-lo na tela, para voltar a ocupar CPU e causar aquecimento.

Esse problema acabou cessando, — inclusive no Xfce, — após desabilitar alguns recursos do KDE, como “Pesquisa de arquivos” (Baloo), KDEwallet e “PIM” (akonadi-server, baloo-utils, kmail, account-wizard, akregator, kaddres-book, kdepim-runtime, knotes, kontact, korganizer).

É possível que estejam ocorrendo interferências mútuas, entre os diversos “ambientes gráficos”, — e neste caso, será muito difícil “ver” cada “ambiente gráfico”, tanto quanto será difícil “ver” o Debian por trás de toda essa confusão.

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Relato publicado inicialmente em 13 Jun. 2016, e desenvolvido até 14 Jun. 2016, utilizando Debian Testing (Stretch) em sessões KDE e Xfce.
• Em 22 Jun. 2016, toda a parte referente ao reparticionamento dos HDs foi transferido para “Particionamento de discos para vários Linux”, — agora, usando nova instalação do Debian testing “Stretch” KDE.

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