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Clonagem de partições Linux por cópia & cola no GParted, em sessão Live |
Resolvi trocar o Kubuntu LTS pelo Kubuntu “rolling release”, — instalado como Kubuntu 19.04 “Disco Dingo” (development branch) no início de seu desenvolvimento (Novembro 2018); e agora transformado em Kubuntu 19.10 “Eoan Ermine” (development branch). — Se tudo der certo, em Novembro próximo será transformado em Kubuntu 20.04 (development branch).
Portanto, não se trata de pular de um “lançamento” para outro, — mas migrar para cada novo “desenvolvimento”, ao se encerrar o anterior. — Desse modo, não existem saltos semestrais entre versões “fixas”, mas uma sucessão contínua de versões fluidas.
Para fazer essa troca, “bastava” deslocar o Kubuntu 19.10, — do SSD externo para um dos HDDs internos, — em substituição ao antigo Kubuntu 16.04 LTS “Xenial Xerus”, que já estava cada vez menos interessante.
Com isso, abriria uma “vaga” no SSD externo, para novas experiências, no futuro.
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Partições do Kubuntu 19.10 (em verde) a serem movidas para o lugar do Kubuntu 16.04 (vermelho) |
Esse deslocamento foi facilitado pela estrutura modular do particionamento adotado nos 3 HDDs internos + 1 SSD externo, — agrupado em 12 “módulos” (slots), — cada um com partições Raiz (Root), Home e Swap, numeradas de 1 a 12.
Note que se trata de hardware com Bios, e particionamento MBR, — sem partições de Boot separadas. — Com UEFI e GPT, seria mais complicado.
Tratava-se, portanto, de copiar as partições de um módulo (Slot 11) para as partições de outro módulo (Slot 4):
Linux11 -> Linux4
Home11 -> Home4
Swap11 -> Swap4
Para isso, foi usado o GParted, — em sessão Live, para trabalhar com todas as partições desmontadas:
- Clique com o botão direito na partição de origem e selecione “Copiar”
- Clique com o botão direito na partição de destino e selecione “Colar”
Neste caso específico, usei o DVD do Mageia 7 (Beta2) KDE, de Março deste ano, por ser o mais recente que havia na gaveta.
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Redução da partição Swap11, para poder colar na partição Swap4, que era menor |
Naturalmente, a partição de origem não pode ser maior do que a partição de destino. — Por isso, a partição “Swap11” (4,25 GiB) teve de ser reduzida, para colar na partição “Swap4” (4 GiB).
Para não perder tempo com um cálculo exato (sujeito a erro e a ter de recomeçar por causa de 1 bit a mais), reduzi logo para 3,7 GiB. — Ao ser “colada”, ela se expandirá para ocupar todo o espaço da partição de destino.
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GParted reproduz Label, UUID e amplia Swap para preencher todo o espaço |
Pode parecer bobagem, clonar a partição Swap, — principalmente se não contém nada de útil, pois nunca usei Hibernar ou Suspender sessão, — e de fato, o GParted não “copiou” a Swap, mas criou uma nova partição Swap no destino, com o UUID da Swap de origem.
No entanto, é um modo simples e rápido de manter o identificador UUID, — e com isso, a consistência do sistema.
Caso contrário, teria de localizar e editar todos os arquivos de sistema que façam referência ao UUID da “Swap11”, — para substituir pelo UUID da “Swap4”. — Um trabalho sem sentido, e ainda por cima, sujeito a variações de uma distro para outra (ou conforme as configurações):
- /etc/fstab
- /etc/default/grub - no caso do openSUSE, Mageia, PCLinuxOS, Manjaro
- /etc/initramfs-tools/conf.d/resume - no caso do Devuan
- …
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Aplicação dos Rótulos (Label) corretos às partições do “Slot 4” |
O passo seguinte foi alterar os Rótulos (Label) das partições, em conformidade com sua nova localização no “Slot 4”.
Esses Rótulos são fundamentais para me orientar nesse labirinto de 12 distros e 41 partições, — e também para os aplicativos de todas as distros encontrarem o caminho (path) das demais partições (adiante).
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Ajustes no Conky para omitir a antiga localização do Kubuntu 19.10 |
Após encerrar a sessão Live, foi carregado o Mageia 7 (instalado), — que controla o Menu de inicialização da máquina, — para atualizar o Grub e reconhecer a substituição do Kubuntu 16.04 pelo Kubuntu 19.10 no “Slot 4”.
Para isso, o SSD externo foi desplugado, — pois neste momento ainda existem nele 3 partições com UUIDs duplicados. — Só serão formatadas após confirmar que o “clone” está funcionando.
Acima - O arquivo de configuração do Conky é um exemplo do uso dos Rótulos (Label) como parte do caminho (path) para as partições. — Nesse momento, foi retirada a legenda “Kubuntu d” da linha referente ao “Slot 11”.
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Atualização do Grub sem o SSD: — apenas 9 distros (Mageia + 8) |
Sem o SSD externo, o Grub do Mageia reconheceu as 8 distros restantes, — entre elas, o Kubuntu 19.10 em sua nova localização.
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Menu de inicialização com o Kubuntu 19.10 em seu novo local |
Com o Grub atualizado, já foi possível testar o Kubuntu 19.10 “Eoan Ermine” (development branch) em sua nova localização.
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Clone do Kubuntu 19;10 testado e aprovado |
Bastou 1 hora de uso mais ou menos intenso, — fazendo atualizações, instalando pacotes, trocando tema e cores escuras por outros mais leves, — para constatar que o Kubuntu “transplantado” estava funcionando conforme o esperado.
Hora de arrumar a bagunça deixada para trás.
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Reataurando o tamanho da partição Swap11 original |
A partição Swap11 original já havia sido restaurada em seu antigo tamanho (4,25 GiB), ainda na primeira sessão Live.
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Formatação das partições originais, para limpeza e mudança de UUID |
Em nova sessão Live, o GParted foi usado para formatar as partições originais (Slot 11), — não só para esvaziá-las, como para alterar seus identificadores UUID, — e reaplicar os Rótulos (Label).
Certa vez, há 2 ou 3 anos, cheguei a carregar uma distro com partições duplicadas (mesmos UUIDs), e o resultado foi muito estranho. — Infelizmente, não lembro se as alterações do sistema eram aplicadas em ambas as partições, ou em apenas uma, ao acaso.
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Atualização do Grub com o SSD externo plugado |
Com isso, o Grub do Mageia já podia ser atualizado, mais uma vez, — agora, com o SSD externo plugado, — para detectar as outras 10 distros remanescentes.
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Menu de inicialização com as 11 distros restantes |
O Menu de inicialização ainda ficou um pouco vazio, — afinal, resta 1 vaga, — mas voltou a ser possível carregar o Sabayon e o Devuan.
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Cópia |
Pelo comando sudo blkid foi feita nova documentação dos identificadores UUID em arquivo texto (datado), — para fácil localização por CTRL-F.
Essa documentação, em arquivos TXT sucessivos (datados), após cada formatação, preserva todo histórico de UUIDs já extintos, — o que, em várias ocasiões, ajudou a entender por que alguma distro às vezes era flagrada fazendo referência a algum UUID inexistente.
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Correção das partições a serem montadas em System settings >> Removable devices |
Faltava desativar a montagem automática das partições Linux4 e Home4 pelo Udisks2 (*), que já não é necessária, — em System settings >> Removable devices; — e habilitar a montagem automática de Linux11 e Home11, cujos novos identificadores UUID já não fazem parte do /etc/fstab.
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Hostname “Linux4” |
Por último, foram editados os arquivos /etc/hosts e /etc/hostname para substituir “Linux11” por “Linux4”, — o que foi mais do que suficiente, no Kubuntu. — Em outras distros, às vezes a coisa não é tão simples.
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Devuan, antes e depois de simplificar o arquivo /etc/fstab |
Para minha surpresa, descobri que ainda não tinha simplificado o arquivo /etc/fstab do Devuan, — que continuava usando os identificadores UUID para montar as partições dos HDDs internos, — e usando os Rótulos (Label) apenas para definir os pontos de montagem.
Naturalmente, já não existem os UUIDs do antigo Kubuntu 16.04 LTS “Xenial Xerus”, — por isso, as partições “Linux4” e “Home4” não foram montadas, — e na falta de informações, o Conky repetiu as da partição-raiz do próprio Devuan.
Uma vez que, no Devuan, (apenas) as partições do SSD externo (USB) são montadas automaticamente pelo Udisks2 (*), seus UUIDs não precisavam estar no /etc/fstab. — Caso contrário, a linha 11 mostraria informações do novo “Slot 4”, e não partições vazias.
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(*) No Debian e no Devuan, as partições do SSD externo são automaticamente montadas, sem necessidade de incluí-las no Udisks2 pelo KDE System settings, — nem no /etc/fstab, — ao passo que no Kubuntu, Mint KDE e KDE Neon, é necessário habilitar sua montagem no KDE System settings. — Ver casos de outras distros e no Cinnamon.
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Simplificação do arquivo /etc/fstab do Devuan |
Para resolver de vez o assunto, bastou aplicar o modelo simplificado, — que adotei há tempos no /etc/fstab do Slackware, e depois, também no Debian.
Em resumo, ele usa os Rótulos (Label), tanto para identificar as partições, quanto para definir os pontos de montagem.
Uma vantagem dessa abordagem é que o Boot do Debian não trava nem entra em pânico, a cada vez que uma partição é formatada e desaparece seu antigo UUID. — Nesses casos, era preciso logar no tty e editar o arquivo /etc/fstab pelo vi ou pelo nano, para prosseguir. — Não lembro se já houve caso de o Debian não carregar porque esqueci de aplicar Rótulo (Label) após formatar alguma partição. Além disso, os instaladores de algumas distros preservam os Rótulos ao formatar, a menos que você esvazie o campo ou preencha com outro Rótulo.
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Distribuição final das distros nas partições existentes, com 1 vaga no SSD externo |
O resultado disso tudo é que o Kubuntu 19.10 “Eoan Ermine” (development branch) tomou lugar entre as distros “permanentes”, — deixando 1 vaga para novas experiências, no SSD externo, — que, por princípio, pode ser facilmente desplugado.
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Comparativo das distros instaladas, na situação de 25 de Maio |
Embora o Kubuntu 16.04 LTS “Xenial Xerux” fosse uma das mais produtivas, — com o maior número de aplicativos instalados e funcionando, — vinha ficando cada vez menos atrativa, pela falta de vários avanços do KDE mais recente, aos quais me acostumei nas outras distros.
Além disso, o suporte ao Kubuntu 16.04 LTS terminou em Abril, — durou apenas 3 anos, embora o do Ubuntu 16.04 vá até 2021.
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Comparativo das distros instaladas, na situação de 5 de Junho |
Para todos os efeitos práticos, o KDE Neon (Bionic) e o Mint 18 KDE (Xenial) substituem com vantagem o Kubuntu 16.04, — e já faz algum tempo que transferi para o Mint o controle dos Backups.
No site do Linux Mint, consta que o Mint 18 KDE terá suporte até 2021. — Não tenho certeza absoluta, pois é possível haver sutis confusões de significado das palavras, — mas ainda não vi afirmação categórica em contrário.
WTF
Um colega pergunta por que, com mil diabos, alguém iria mover uma distro de um SSD, que é muito mais rápido, para HDD “mecânico”, muito mais lerdo? — Bom, isso pode ser verdade na teoria, mas na prática é preciso levar em conta vários fatores individuais, tais como os modelos de HDD e SSD, os modelos de conectores disponíveis na Placa-Mãe, — e também o caso específico de cada usuário.
E afinal, tudo que ficou registrado aqui também se aplica em sentido contrário, — do HDD para o SSD.
Pessoalmente, já fiz várias remoções de ida-e-volta (HDD-SSD-HDD), — quando recebi o SSD de 1 TB, — e novamente ao adquirir um HDD de 1 TB, que veio se somar aos 2 HDDs de 320 GB.
Naquela ocasião, tratava-se de reorganizar o particionamento, — até chegar ao atual sistema de “módulos”, — sem perder as distros que estavam instaladas e funcionando muito bem:
- Remanejamento de sistemas Linux ao reparticionar discos
- Backup total e limpeza das partições de trabalho
- Migrando sistemas Linux para disco rígido de 1 Terabyte
- Ensaio de avaliação com luckyBackup e Unison
- Particionamento de Drive SSD para vários Linux
xxx
— … ≠ • ≠ … —
Ferramentas &tc.
- Consertando pequenos problemas do Gimp 2.10
- Pré-visualização de arquivos no Dolphin
- Grub enlouquecido com 12 distros em multiboot
- Escolhendo Grub entre vários Linux
- De volta ao Gnome-screenshot
- Conky - configuração em andamento
Kubuntu
- Movendo Kubuntu do SSD para o HDD
- Kubuntu “rolling release”
- Kubuntu 19.04 “Disco Dingo” - development branch
- Konqueror vs. Chromium isn't your default browser
- Kubuntu 18.04 Bionic Beaver - back to Kernel 4.4
- Instalação do Kubuntu 18.04 LTS Bionic Beaver (daily-build)
- Live Kubuntu 17.10 Artful Aardvark
- Consertando Kubuntu 17.04 Zesty após uma estranha atualização
- Kubuntu 17.04 Zesty Zapus (daily-build) em drive SSD externo
- Testes Live Kubuntu 16-10 Yakkety Yak
- Kubuntu 16.10 Beta: instalador com crash
- KDE "light" eliminando o PIM
- Google Earth sem placa de video no Xenial
- Baloo consumindo CPU no Kubuntu 16.04 LTS
- Instalando o Kubuntu 16.04 em 34 minutos
- Live Kubuntu 16.04 release 16-04-20 23h06
- Live Kubuntu 16.04 Xenial beta2: Scanner e OCR
- Kubuntu Xenial beta2: Discover e Spectacle
- Kubuntu 16.04 Xenial beta2 em Live USB
- Kubuntu Xenial (beta) 16.04 LTS em teste de trabalho “Live USB”
- Google Earth no Kubuntu amd64 (64-bit)
- Instalação do Google Earth no Kubuntu i386
- Instalação do Kubuntu 14.04 Desktop amd64 (LTS)
- Configurando o teclado no Kubuntu 14.04
- Testando o Ubuntu 14.04 LTS a partir do “Live DVD”
- Migrando do Kubuntu 12.04 para 14.04 num domingão
- Instalação do Kubuntu 12.04
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