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domingo, 10 de setembro de 2017

Virus do Facebook está usando meu perfil. — E agora?

Se um “vírus” está usando seu Perfil, vá nas Configurações do Facebook

• Aquele velho conceito de “vírus”, — como um invasor que se instala no seu computador, — às vezes confunde usuários cujo Perfil no Facebook começa a postar coisas sem o seu conhecimento.

De repente, amigos avisam que receberam mensagens suspeitas, feitas em seu nome, e perguntam se foi mesmo você quem mandou, ou se é algum “vírus que invadiu seu computador” e você nem estava sabendo.

Conversa vai, conversa vem, amigos sugerem um “anti-vírus” X ou Y, — outros recomendam chamar um especialista, ou mandar o computador para a oficina, — ou formatar o disco-rígido, e outros remédios piores ainda.

Calma. — Pode não ser bem assim.

Provavelmente, você apenas “autorizou” um Aplicativo a ter acesso à sua lista de amigos, — e a publicar ou enviar mensagens a eles, usando seu Perfil.

Essas coisas acontecem lá mesmo, — nos computadores no Facebook (não no seu), — quando você clica em um link duvidoso, provavelmente mandado pelo Perfil de outro amigo, “invadido” antes.

Trata-se de um “Aplicativo de Facebook”, — um Aplicativo feito para trabalhar com o Facebook.

Quando o Aplicativo é honesto, — por exemplo, feito para prestar serviços e facilitar sua vida, — é praxe ele (ou o Facebook) avisar que você concorda em “dar acesso aos seus dados”.

Mas quando um Aplicativo é programado para agir de má-fé, basta você clicar num link, — em geral, algum vídeo “chamativo”, com título sensacionalista, tipo “URGENTE”, pontos-de-exclamação às pencas, ─ ou mesmo um vídeo de apelo, digamos, menos angelical.

Esse tipo de armadilha nunca avisa que vai acessar seus dados, sua lista de amigos, — muito menos, que vai começar a publicar ou enviar mensagens privadas usando o seu Perfil, — sem o seu conhecimento, e sem pedir seu consentimento.

Em um mundo ideal, o Facebook deveria identificar e banir imediatamente qualquer aplicativo que se comporte desse modo, — mas, na prática, é preciso que milhares de usuários sejam vitimados, e milhares de amigos deles avisem, denunciem, e eles mesmos fiquem sabendo e reclamem, — antes que alguma coisa seja feita. Se é que algo será feito, e sabe-se lá quando.

O primeiro passo, — antes de mandar seu computador para uma clínica de desintoxicação, — é verificar quais Aplicativos estão autorizados a acessar seus dados e publicar ou mandar mensagens em seu nome, no Facebook.

Nas Configurações do Facebook, selecione Aplicativos

Se você usa computador “de mesa”, — o chamado “desktop”, — comece pelo canto direito da barra superior (azul-tenebroso) do Facebook, e selecione a opção Configurações.

Dentro da página de Configurações do Facebook, clique em “Aplicativos”, — que está no menu do lado esquerdo da tela.

Remova qualquer Aplicativo que você não lembre de ter autorizado, nem consiga entender o que faz

Chegando à página dos Aplicativos, examine quais estão “autorizados” a acessar seus dados e usar o seu Perfil.

Qualquer Aplicativo que você não conheça, — que você não lembre de ter autorizado, nem consiga entender o que faz, — clique no “x” à direita dele, para removê-lo do seu Perfil.

Aproveite para examinar as seções “Aplicativos, sites e plugins”, “Notificações de jogos e aplicativos”, — entre outras coisas, — mais abaixo.

Você ficará surpreso de ver de quantas coisas pode se livrar, — a custo zero.

E tenha cuidado, da próxima vez que aparecer um apelo irresistível para clicar em alguma coisa. — No Facebook, a única coisa “urgente” que existe, é fazer você clicar sem pensar. — Aliás, a internet inteira é um campo fértil em “caçadores-de-cliques”.

Depois disso, sim, — cabe pensar na possibilidade de haver outras consequências. — Quem programa Aplicativos maliciosos, dificilmente deseja apenas divulgar um vídeo idiota, a troco de US$ 0,10 por exibição.

Quem trabalha de graça é relógio, — e sempre vale a pena evitar acessar seu internet-banking, ou pagar compras com cartão na internet, por exemplo, — até se certificar de que nenhum invasor foi instalado em sua máquina, “localmente”.

Modismos e brincadeiras


Clique numa brincadeira inocente e dê seu email aos remetentes de spam

O artigo “Por que você não deve fazer o teste que mostra sua aparência como gênero oposto” é um exemplo de como até mesmo brincadeiras inocentes, — que estão longe de ser as mais perigosas, — sempre trazem alguma consequência.

Ao usar esse Aplicativo, você lhe dá acesso a:

  • Seu nome;
  • Sua foto de perfil;
  • Idade e data de nascimento;
  • Endereço de email;
  • Todas as suas fotos (as que você carregou e as que você está marcado);
  • Envio de notificações pelo Facebook para você.

A “Política de privacidade” do Aplicativo inclui, entre outras coisas:

  • “Nós podemos compartilhar informações agregadas dos nossos usuários, após excluir as partes identificáveis, com determinadas empresas que tiverem o interesse em oferecer a você certos conteúdos promocionais que possamos achar relevantes para você”
  •  “Nós podemos compartilhar suas informações pessoais parcial ou integralmente com nossas subsidiárias, outros sites operados por nós, joint ventures e outros afiliados confiáveis que nós temos ou possamos vir a ter no futuro”
  • “De acordo com o nosso Termo de Serviços, podemos usar o conteúdo enviado por você (incluindo suas fotos e de outras pessoas vinculadas à sua conta no Facebook) para aparecer como parte integral de partes dos serviços que oferecemos (por exemplo, sua foto pode aparecer em alguns quizzes ou games até mesmo para pessoas que você não conheça).

Infecções “locais”


Enfim, dê uma chance à ideia de usar alguma “distro” Linux, — que, volta e meia, ouço dizer que uma vez foi “invadido”, mas até hoje não consegui saber exatamente aonde, nem quando, nem como.

Não está “a salvo” de Aplicativos que trabalham, “no” Facebook, — ou seja, em máquinas remotas, distantes da sua, — mas torna desnecessário se preocupar com o “depois” (a menos que você goste de se preocupar, claro).

Para quem nunca viu “Linux”, — “nem pintado”, — recomendo Linux Mint Cinnamon, que é de longe o mais fácil, descomplicado, intuitivo, e “garantido” para computadores pessoais.

Igualmente, o Ubuntu, — que é a “base” do Linux Mint, — mas aí, você já arrisca pousar numa dúvida cruel, para novatos… Ubuntu Unity, Ubuntu Gnome, Xubuntu, Lubuntu, Ubuntu MATE…??

Pois é, o “Linux” tem essa mania chata, de te oferecer opções, — neste caso, entre diferentes “interfaces gráficas”.

Embora recomende a interface gráfica Cinnamon, — extremamente intuitiva e confortável, para quem está acostumado com Windows, — pessoalmente, prefiro a interface KDE (também intuitiva para usuários do Windows).

Ou seja, Kubuntu, — ou Linux Mint KDE, — que têm certa “curva de aprendizado” um pouco mais extensa.

A causa disso, é que a interface KDE oferece possibilidades intermináveis de “personalização”, — uso há 10 anos (desde fins de 2007), e até hoje não explorei metade das possibilidades de configurar cada pequeno detalhe.

— … ≠ • ≠ … —

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