![]() |
Aprendendo pela comparação de distros Linux e tentativas de obter desempenho similar |
O que esse conjunto específico de distribuições Linux tem em comum (além do KDE) é certa “contemporaneidade”, — ou certa homogeneidade de repositórios, — independente das características próprias de cada uma.
Isto facilita “comparar” os diferentes sistemas, — e aprender um pouco mais, tentando levar todos ao maior grau possível de “usabilidade”.
Para “homogeneizar” os repositórios, foi necessário “apressar” algumas coisas, — transformar o Debian stable (Jessie) em testing (Stretch), desde Outubro 2016; — e substituir o Mageia 5 pelo Mageia 6 sta2, desde Maio 2017.
Com isso, eliminaram-se o Kernel 3.xx e o KDE 4.xx; — o Ksnapshot deu lugar ao KDE Spectacle como aplicativo-padrão; — a versão do Gnome-screenshot foi equalizada (com os recursos desejados); — e assim por diante.
Ao contrário do que poderia recear, versões em desenvolvimento, de teste, ou distros “rolling release”, não têm dado problema.
O Linux Mint “Sarah” Beta, por exemplo, foi o melhor “ambiente de produção” da série 18, — nem reinstalei após o lançamento. — Só “estragou” na migração para 18.1 “Serena”.
O KDE Neon, — instalado em Maio 2016, quando ainda nem se apresentava como uma “distribuição”, — também foi um dos sistemas mais “produtivos”, ao longo de 10 meses … até ser apagado, involuntariamente, num momento de distração. Acontece.
O que lamento, é não ter guardado aquelas imagens ISO do KDE Neon (Maio 2016), e do Mint 18 Beta (Agosto 2016), — usadas em Pendrive apagável, — ao passo que ainda guardo CDs do Kurumin de 2004.
Índice
- Tempo de Boot e uso inicial de Memória RAM
- Interferências agendadas
- Reduzindo interferências
- Conky vs. Htop
- openSUSE
- Mageia 6 sta2
- Kernel
- Google Earth (sem 3D)
- Redes sociais
- Observações
- Não-debians [Menu]
- Este relato é uma continuação de “Quadro comparativo dos sistemas Linux instalados (2016-2017)”, — onde foram abordadas diferenças e mudanças recentes no uso do Dolphin, Krusader, Kate / KWrite como Superusuário (“as root”).
- O Knoppix, — Live Pendrive com Persistência, — não entra na comparação. É um ótimo conjunto de ferramentas de manutenção (com direito a Chromium sincronizado), mas incômodo para uso prolongado, quando se dispõe de apenas 4 GB RAM.
Tempo de Boot e uso inicial de Memória RAM
![]() |
Tempo de carregamento (Boot) e uso inicial de Memória RAM nos Linux (configurados) |
Isto não é uma comparação tecnicamente rigorosa, — apenas uma guia de pesquisa, para entender diferenças de comportamento, — e eventualmente obter, em um Linux, algo que outros mostram ser possível.
A essa altura, todas as distros já receberam um grande número de configurações personalizadas, — semelhantes, mas não 100% iguais.
A configuração de maior impacto é a remoção do conjunto de aplicativos que compõem o PIM, — Personal Information Manager, — mas parece provável que ainda fiquem resquícios.
O KDE Neon e o “Arch (b)” já vieram sem PIM, — portanto, não têm “resquícios” a eliminar, — e batem todos os outros, quanto ao menor uso inicial de Memória RAM, com exceção do Debian, que tem 1 diferença (adiante).
Também são desativados “Pesquisa de arquivos” (File search) e “Carteira do KDE” (Kwallet), além de outros serviços, como:
- Notificador de mudança de URLs remotas
- Atualização das pastas de pesquisa
- Gerenciador de impressão
- Servidor do Write (mensagens locais)
- Touchpad
No Arch, não foi instalado suporte a impressora, — mas nos outros, ainda não foi desinstalado (caso exista), — exceto no Mageia, onde hplip se destacou à vista.
O tempo de Boot de cada sistema Linux é uma medida um tanto arbitrária, — o momento em que é exibida a área de trabalho completa, com Painel, wallpaper, e (em alguns casos) a notificação de que foi estabelecida a conexão web, — com alguma variação do “tempo humano de resposta”.
A medida de uso de Memória RAM tomada logo que o ambiente é carregado não é a mais correta, — pois ainda há bastante atividade de CPU, e só depois o uso de Memória RAM diminui, — até se estabilizar, após mais alguns segundos, caso não ocorra qualquer ação do usuário, nem acionamento automático de algum serviço agendado.
Interferências agendadas
![]() |
Agendamento da verificação de atualizações no antigo Linux Mint 17.3 Cinnamon |
No antigo Linux Mint Cinnamon (já removido), há tempos encontrei a configuração do tempo de espera (“20”) para a verificação de atualizações, após o início da sessão.
![]() |
Agendamento da verificação de atualizações, no mintUpdate |
Na atual instalação do Linux Mint 18 “Sarah” KDE, a verificação de atualizações está agendada para 10 minutos após o início da sessão, — e novamente a cada 2 horas, — por opção pessoal.
No Mageia, a configuração (original) é de verificar atualizações 5 minutos após o Boot e novamente a cada 3 horas.
No Debian, é comum o Painel já aparecer indicando atualizações, — dando a impressão de que a verificação foi feita durante o carregamento do sistema, — mas outras vezes isto só ocorre alguns minutos depois.
No openSUSE, a verificação de atualizações costuma ter início quase sem demora, logo após carregar a primeira sessão do dia.
![]() |
unattended-upgrades menos de 3 minutos após carregar o Zesty Zapus |
Ao que parece, todos eles apenas verificam, e avisam, — mas posso estar enganado.
No Kubuntu Zesty Zapus (já removido), atualizações “de segurança” ocorriam sem perguntar nem avisar nada, deixando o sistema extremamente lento, devagar-quase-travando (unattended-upgrades); e somente as demais eram notificadas no Painel.
Na instalação atual do KDE Neon (2017), “unattended-upgrades” não está instalado; e não existem registros de atividade anterior.
No Kubuntu 16.04 LTS, /var/log/unattended-upgrades registra atividade regular desde sua instalação, em Abril 2016, — porém nunca chamou atenção.
Na atual instalação do Linux Mint 18 “Sarah” KDE, os registros parecem repetir, — invariavelmente, — “Sem pacotes encontrados que podem ser atualizados sozinhos e sem dependendo de auto-remoções”.
Aqui, o importante era evitar atividades disparadas nos primeiros 3 minutos de carregamento, — para isolar eventuais distorções no uso de Memória RAM.
![]() |
Manutenção do sistema de arquivos BtrFS, pouco após iniciar a sessão do openSUSE |
No openSUSE, — único instalado com sistemas de arquivo não-tradicionais (BtrFS e XFS), — também é comum disparar manutenção, desfragmentação etc., provocando lentidão geral (quase travando), cerca de 10 minutos após o início da primeira sessão do dia.
Mas, há alguns registros dessa atividade, bem antes dos 10 minutos, — a descobrir por quê.
Reduzindo interferências
Para diminuir as diferenças introduzidas artificialmente, foram desabilitados alguns aplicativos que eram carregados automaticamente no início de cada sessão, — mas não por igual em todas as distros instaladas:
- Dolphin - que era carregado automaticamente em todos os sistemas, porém com número desigual de abas (3~5), — e exibindo pastas muito diferentes, em cada Linux, — algumas com poucos arquivos, outras com centenas de arquivos
- KSysguard - que era carregado em todos os Linux instalados
- Xsensors - que era carregado em vários dos Linux
- Psensor - que era carregado só em alguns sistemas
Persiste 1 diferença, cujo efeito não foi verificado: — Todos os sistemas carregam com 16 partições adicionais montadas automaticamente, pelo udisks2, — com exceção do Debian, onde a montagem automática de partições adicionais (ainda) é feita pelo /etc/fstab, usando os identificadores UUID.
Conky vs. Htop
![]() |
Tempo de Boot e uso inicial de Memória RAM, segundo Conky e Htop |
Para começar, foram feitos testes carregando automaticamente o Conky e o Htop, no início de cada sessão, — exceto no Linux Mint 18, onde não consegui.
Os números indicados pelo Conky e pelo Htop foram muito semelhantes, — com pequenas diferenças de ciclo de atualização, — exceto no openSUSE, onde apresentaram uma discrepância espantosa.
Naturalmente, a abertura automática do Htop / Konsole eleva o uso inicial de Memória RAM.
- Forçar tamanho e posicionamento padronizado do Konsole (pelo Kwin), para não cobrir o Conky, também afetou os resultados obtidos, — mas isto só foi comprovado depois.
Os dados dessas experiências usando Conky + Htop foram mal-monitorados, nos casos do Kubuntu e do Linux Mint.
No Kubuntu, o Kwin não conseguiu forçar o posicionamento do Konsole, — o Htop abriu sempre sobreposto ao Conky, sendo necessário arrastá-lo manualmente em seguida, para uma segunda Captura de tela.
No Linux Mint, não cheguei a conseguir que o Htop fosse aberto automaticamente no início de cada sessão, — era necessário abrir o Konsole e chamar o Htop manualmente, em seguida. — Neste caso, os primeiros números não incluem o Htop / Konsole.
Nos 2 casos, estas ações foram realizadas logo após a primeira Captura de tela, — e só mais tarde foi constatado que o Gnome-screenshot costuma ocupar cerca de 25 MiB da Memória RAM, durante cerca de 21 segundos. — Portanto, os dados da segunda Captura estavam viciados. Era necessário um intervalo maior.
De qualquer modo, esse primeiro levantamento já foi suficiente para identificar as maiores demoras do Boot e alto consumo inicial de Memória RAM, — no openSUSE e no Mageia. — Algumas causas foram identificadas e, dentro do possível, eliminadas.
openSUSE
![]() |
Uso inicial de Memória RAM diminui (Conky) / aumenta (Htop), — e se reduz a diferença entre eles |
Somente no openSUSE, houve discrepância digna de nota, — Conky indicando uso de Memória RAM cerca de 100 MiB maior do que no Htop, no primeiro momento, — mas entender isso, é coisa que fica para o futuro.
Tal como nos demais, a atividade de CPU cai drasticamente, alguns segundos após o carregamento do sistema.
No openSUSE, porém, ocorre apenas uma leve redução na indicação de Memória RAM pelo Conky, — contra um leve aumento no uso indicado pelo Htop, — e a discrepância entre eles se reduz para 50 ~ 60 MiB.
Exceto, claro, quando se inicia uma verificação de atualizações, — ou uma manutenção do sistema de arquivos BtrFS, — coisas que costumam acontecer após o 1º Boot do dia.
uptime Conky Htop
1m 26s 528 437 MiB - Forçar posição e tamanho do Konsole (Kwin)
1m 43s 549 448 MiB - Forçar posição e tamanho do Konsole (Kwin)
3m 0s 528 470 MiB
4m 0s 622 575 MiB - updates available
1m 28s 432 MiB - Livre posicionamento do Konsole
1m 34s 533 449 MiB - Konsole arrastado
1m 28s 537 437 MiB - única leitura
1m 25s 529 434 MiB - Livre posicionamento do Konsole
3m 0s 516 457 MiB
4m 0s 516 457 MiB
![]() |
Principal candidato a ser causa da demora de Boot do openSUSE |
Quanto ao tempo excessivo de carregamento do openSUSE, deve-se a um “start job is running for wicked managed network interfaces”, — com demora de 32 ~ 36 segundos, — e que também promete tomar algum tempo para solucionar (de preferência, sem provocar danos colaterais).
Mageia 6 sta2
![]() |
Remoção do hplip no Mageia |
Chamou atenção o alto uso inicial de Memória RAM pelo Mageia 6 sta2, — ainda não examinado em profundidade.
A remoção do suporte a impressora HP (hplip), — bem como a desativação de alguns serviços de segundo plano, — já permitiram alguma redução no uso inicial de Memória RAM.
![]() |
Falhas de configuração de Virtual Console e início de Software RAID no Boot do Mageia |
Também foi eliminada uma configuração de “ABNT2” para o console virtual, que dava mensagens de erro na inicialização (não afetou a acentuação no tty); — e desativado o monitoramento de RAID:
# systemctl disable mdmonitor.service
![]() |
Eliminando configuração em /etc/vconsole.conf que gerava mensagem de erro no Boot |
Essas duas configurações apenas eliminaram mensagens de erro durante o Boot, — sem efeitos visíveis no tempo de carregamento ou no uso inicial de Memória RAM:
uptime Conky Htop 1m 17s 618 618 MiB 1m 17s 605 584 MiB 2m 0s 596 596 MiB 2m 30s 599 599 MiB 3m 0s 571 - MiB - fechado Htop - fechados alguns serviços no System settings → Inicialização e desligamento - removido hplip etc. 1m 20s 583 582 MiB 2m 0s 554 554 MiB 2m 38s 524 - MiB - fechado Htop 3m 0s 524 - MiB - editado /etc/vconsole.conf (FONT e KEYMAP em branco, agora) 1m 15s 580 580 MiB 2m 0s 554 554 MiB 2m 30s 555 554 MiB 3m 0s 532 - MiB - fechado Htop 3m 30s 524 - MiB - Konsole com acentuação completa, inclusive Left-Win - tty com acentuação, exceto Left-Win, que volta ao KDE - systemctl disable monitor-service 1m 11s 576 574 MiB 2m 0s 550 550 MiB 3m 0s 524 - MiB - fechado Htop
xxxxx
Kernel
No KDE Neon e no Linux Mint 18 “Sarah”, — ambos reinstalados, com problemas que antes não existiam, — o Kernel foi substituído por versões mais antigas, na tentativa de voltar aos bons tempos.
Nas 2 instalações do Arch Linux, optei por Kernel LTS. — Podia ter feito opções diferentes, para comparar, — mas as diferenças do KDE (completo ou básico) talvez ficassem menos nítidas.
Google Earth (sem 3D)
Não existe pressa em tentar essa façanha em sistemas ainda pouco conhecidos. — Por ser pouco usado, é suficiente tê-lo em 2 sistemas, — e carregar 1 deles, quando necessário.
São grandes as chances de conseguir instalar o GoogleEarth também no KDE Neon, — isso já foi feito, no ano passado, — mas prevalece a expectativa de reinstalar (ou “consertar”) o próprio KDE Neon, em busca da mesma qualidade de antes, e isso não estimula investir muito em povoá-lo de aplicativos, por enquanto.
Redes sociais
Nada menos que 4 sistemas, — KDE Neon, Kubuntu, Mint 18 “Sarah” e Arch Linux, — permitem enfrentar as redes sociais (em especial, “Páginas” do Facebook), 3 ou 4 vezes por dia, com direito aos vídeos, sem cair num atoleiro de abuso de CPU.
Outros 2, — Mageia e openSUSE, — também permitem isso, desde que não faça questão de assistir alguns vídeos. O dia até rende mais.
Assistir vídeos da web, — e não poder enfrentar as “Páginas” do Facebook, — não tem utilidade. É um velho problema no Debian, que nunca consegui solucionar.
Observações
Essa não é uma comparação “técnica” de distribuições Linux, — mas, apenas, o levantamento de algumas dificuldades enfrentadas por um usuário específico (leigo, 8 anos no Kubuntu), com um conjunto específico de tarefas, em um hardware limitado (E7300 Intel Core2 Duo 2,66 GHz video onboard, 4 GB).
São omitidas inúmeras outras tarefas, que não apresentam dificuldades, nem diferenças relevantes entre as distros instaladas.
A seleção seguiu critérios mutáveis, ao longo do tempo, — Kubuntu, Debian e Linux Mint há 8 anos; KDE Neon a partir de 2016; os demais, a partir de 2017, — começando pela capacidade de enfrentar a instalação (Arch por último, com instaladores gráficos) e filtrando as que apresentaram poucas perspectivas de uso pessoal (retirados Fedora, Manjaro, Antergos, Sabayon).
O objetivo é dispor de distros de “troncos” diferentes (não-Debian), — e de preferência, não-sujeitas a “decisões proprietárias”.
— … ≠ • ≠ … —
Não-debians
- Mageia 6 - Kernel 4.14
- PCLinuxOS - instalação direta (sem sessão Live)
- PCLinuxOS - instalação e configuração
- Rosa Desktop Fresh R10 - live DVD, instalação e configuração
- openSUSE Tumbleweed - instalação e configuração
- Slackware Plasma 5 KDE - instalação e configuração
- Slackware - instalação e aprendizado (interrompido)
- openSUSE - removendo Snapper, PIM, Baloo e Akonadi
- Escolhendo Grub entre vários Linux
- Escolhendo (e aprendendo) Linux conforme as necessidades
- Arch Linux KDE - Instalação e configuração
- Mageia 6 sta2 - Instalação e configuração
- Montagem de partições no Antergos e no Manjaro
- Transição do Manjaro (rolling-release) para 17.0
- Sabayon 16.11 KDE - Instalação e configuração
- Fedora 25 KDE - Instalação e configuração
- Consertando o Manjaro após erro em atualização
- openSUSE Leap 42.2 - Instalação e configuração
- Instalação do Manjaro KDE 16.10.3 stable
- Mageia 5 KDE Live USB
- Fedora 24 alpha KDE em sessão Live USB
Nenhum comentário:
Postar um comentário