Mandriva 2011rc2 em sessão Live DVD |
Cheguei um pouco tarde ao Linux, — e demorei a enfrentar as opções da época: Debian, Slackware, Red Hat, SuSE, Mandrake, Conectiva etc., — cujos CDs vinham em várias revistas, mas ainda exigiam muito tempo e dedicação.
O primeiro que consegui instalar foi o Kurumin, — e depois que ele foi descontinuado, adotei o Kubuntu, até me sentir capaz de dispensar de vez o Windows, já em 2016.
Só em 2017, comecei a experimentar distros “não-Debian”, — quando Red Hat já se havia tornado Fedora / RHEL; SuSE tinha virado SLE / openSUSE, — e não havia mais nem sinal de Mandrake, a mais simpática de todas (talvez devido às histórias em quadrinhos dos tempos de guri).
No Distrowatch
Interesse despertado pelo Mandrake / Mandriva e distros “derivadas”, ao longo dos anos |
No final de 2017 ou início de 2018, — após instalar o Mageia, o ROSA e o PCLinuxOS, — procurei saber mais, e anotei esta classificação (por visitas!) dos “derivados” do antigo Mandrake / Mandriva encontrados pelos filtros de pesquisa do Distrowatch:
1. PCLinuxOS (15º)
2. Mageia (22º)
3. ROSA (53º)
4. ALT Linux (133º)
Nessa busca, Distrowatch não incluía OpenMandriva (69º), por classificá-lo “derivado” no Rosa. — Não existia opção de procurar “derivados” do Rosa; — só “derivados” do Mageia e do PCLinuxOS (mas o filtro não encontrava “derivados” deles).
Queda do interesse pelos “derivados” do Mandriva em 2017 e 2018 |
Em Março 2019, essas distros tinham caído bastante, — mas o filtro ainda as encontrava:
1. PCLinuxOS (24º)
2. Mageia (25º)
3. ROSA (66º)
4. ALT Linux (120º)
Em Agosto 2019, algo parece ter mudado. — Agora o filtro só encontra ROSA (63º) e ALT (122º).
Na Wikipedia
Distros originadas do Mandrake |
O Mandrake teve origem na França (1998), inicialmente baseado no Red Hat, e em 2002 já era considerado uma das distros mais amigáveis e fáceis para usuários iniciantes em Linux.
“Mandrake is particularly appealing because a person who is unfamiliar with Linux software can learn a little at a time with this distribution (…). Mandrake offers a complete graphical interface through which the user will learn to manipulate and use the system while learning more and more, much like Windows would be to someone newly initiated to the PC”.
O Conectiva Linux [pt] teve origem no Brasil (1998), também a partir do Red Hat, — e seus desenvolvedores criaram, entre outros, o APT-RPM e sua interface GUI “Synaptic”, usada ainda hoje no PCLinuxOS (além das distros Debian).
Em 2005, Mandrake adquiriu Conectiva e mudou seu nome para Mandriva [pt], — cuja última versão foi lançada em 2011. — Desde então, seu legado prosseguiu no Mageia (2011), Rosa Desktop Fresh (2012) e OpenMandriva (2013), na perspectiva dos colaboradores da Wikipedia.
Omite-se aí o PCLinuxOS, — “criada em 24 de outubro de 2003, como uma remasterização do Mandrake 9.2, desenvolvida por Texstar, um antigo colaborador do sistema, que mantinha um repositório com pacotes extras”, segundo o site da comunidade brasileira. — Ou seja: é anterior à fase “Mandriva”.
Também se omite o ALT Linux, — igualmente anterior ao “Mandriva”.
Esse é um erro causado pela abordagem da Wikipedia, de se limitar ao “Mandriva”, — e omitir o verbete “Mandrake”, — ao levantar os ramos dessa “árvore”.
ALT e PCLinuxOS são citados apenas no box “Linux distros”, no rodapé da página da Wikipedia sobre o Mandriva, — e se você procurar Mandrake, é nela que vai cair.
Em tempo: — Red Hat foi lançado em 1994 e descontinuado em 2003, em favor do RHEL (para empresas) e do Fedora (comunitário).
Mais referências
- First look at Mandriva Linux 2010, by Jesse Smith (Tradução)
- Mandrake Linux 9.1 Beta (Distrowatch)
- Tutorial Mandrake 9.1, by Julio Cesar Bessa Monqueiro
- Guia do Mandrake 9.0, by Julio Cesar Bessa Monqueiro Agosto 2007
- Uma espiada no Mandrake 9.0 beta
- Mandrake Linux 9.0 with KDE 3.0.3
- Mandriva (Mandrake Linux) ─ posted & updated 2007-2019
Mandrake| Mandriva no Archive.org- Mandriva | Conectiva na Wikipedia
— … ≠ • ≠ … —
Não-debians
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